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Com o slogan Não espere até sentir na pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove, durante o último mês do ano, a campanha de prevenção ao câncer de pele Dezembro Laranja.
Estima-se que no triênio 2023 à 2025 serão registrados, por ano, 9 mil novos casos de câncer de pele do tipo melanoma, que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele), e mais de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma. A previsão foi divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O instituto estima que, dos casos de melanoma, 4.640 serão em homens e 4.340 em mulheres. Já entre os não melanoma, 101.920 registros devem ocorrer em homens e 118.570 em mulheres. “Por isso, queremos mostrar as formas possíveis de fotoproteção, como o uso de filtros solares e de barreiras físicas, como bonés, chapéus e óculos”, destaca o coordenador da campanha e do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, Renato Bakos.
Impacto da pandemia
Segundo a SBD, mais de 17 mil casos de câncer de pele deixaram de ser diagnosticados no auge da pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2021 — o número absoluto de casos registrados foi 24,7% menor do que no período anterior ao avanço do coronavírus.
A situação afetou, sobretudo, a população com mais de 60 anos. No período, o total de internações em decorrência da doença também caiu 26%, segundo informações do Sistema Único de Saúde (SUS).
O coordenador lamenta o número e ressalta a importância de se prevenir. “É importante ficar atento aos sinais que o corpo emite. Mas o exame clínico feito por médico dermatologista e potencial biópsia é que podem confirmar o diagnóstico de câncer da pele efetivamente”, afirma.
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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura
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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma
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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara
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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos
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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado
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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma
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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga
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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas
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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares
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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento
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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia
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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”
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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”
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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais
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A doença
O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado de células que compõem a pele e pode ser prevenido diariamente e de forma simples. Basta evitar a exposição ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação ultravioleta que vem do sol.
A doença, que pode aparecer em pintas, eczemas ou outras lesões benignas, pode ser tratada de forma terapêutica, com procedimentos de menor complexidade, além de radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e medicações orais e tópicas. O câncer de pele mais agressivo, o melanoma, é tratado de acordo com a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente.
“Em ambos os tipos de câncer, é de extrema relevância que o diagnóstico seja precoce para evitar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas do corpo, em casos de baixa letalidade, ou piora da qualidade de vida e até morte, nos mais graves. Boa parte dos cânceres de pele podem ser curados com tratamentos iniciais”, esclarece Bakos.
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