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Devo continuar de máscara agora que ninguém mais usa?

Mesmo com o fim dos decretos de obrigam o uso do item de proteção, muita gente ainda não tem coragem de ficar sem máscara

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Entrega de máscaras N95 a usuários do transporte coletivo de Goiânia
1 de 1 Entrega de máscaras N95 a usuários do transporte coletivo de Goiânia - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Com a melhora da situação da pandemia de Covid-19 diante da baixa histórica no número de novos casos e óbitos por conta da infecção, o governo federal e muitos governadores e prefeitos decidiram que as máscaras não são mais obrigatórias em território nacional.

Apesar de os especialistas ainda recomendarem cautela, depois de dois anos usando os itens, a maioria da população decidiu seguir a orientação do governo e largar de vez as máscaras. Ainda assim, muita gente não se sente segura e prefere continuar usando a proteção: mas será que faz diferença, em um cenário onde ninguém usa?

Segundo a coordenadora técnica da sala de situação de saúde da Universidade de Brasília (UnB), a epidemiologista Marcela Lopes Santos, vale a pena continuar apostando nas máscaras.

“Se você pensa na sua proteção individual e preza por isso, sim, é melhor continuar usando, principalmente se for a PFF2. Você vai ter uma segurança maior e, se tiver contato com uma pessoa contaminada, o risco será muito reduzido”, explica a professora.

Indivíduos dos grupos de risco e pessoas que têm contato próximo com pacientes vulneráveis, por exemplo, devem continuar se protegendo. Apesar de a vacina evitar que os imunizados sejam hospitalizados ou morram por causa da Covid-19, a transmissão ainda é possível e ajuda a proteger aqueles que podem ter casos graves da infecção.

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção
Em outras palavras, o principal objetivo da vacina não é barrar a infecção, mas impedir que o coronavírus cause complicações graves, principalmente se tratando de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos
Vacinas como a da gripe, por exemplo, funcionam da mesma maneira há décadas. A proteção fornecida pelo imunizante atua contra formas mais severas da influenza e ajuda a diminuir a quantidade de casos que poderiam colapsar sistemas de saúde
Segundo especialistas, a necessidade de reforçar as doses da vacina existe porque a imunidade contra o vírus não dura para sempre. Além do fato de o coronavírus apresentar grande potencial de mutação, muitas vacinas, como a da Covid, precisam ser reaplicadas de tempo em tempo para garantir a proteção necessária
A variante Ômicron é mais transmissível e consegue “desviar” da imunidade cedida pela vacina. Sendo assim, mesmo que estejamos com todas as doses em dia, a chance de contrair o vírus estando exposto a aglomerações, sem seguir as devidas normas sanitárias, existe
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Mesmo em países com alta taxa de imunização, o número de vacinados infectados pela Covid está crescendo. Apesar de o que possa parecer, isso não significa que os imunizantes não funcionam

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção

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Em outras palavras, o principal objetivo da vacina não é barrar a infecção, mas impedir que o coronavírus cause complicações graves, principalmente se tratando de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos

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Vacinas como a da gripe, por exemplo, funcionam da mesma maneira há décadas. A proteção fornecida pelo imunizante atua contra formas mais severas da influenza e ajuda a diminuir a quantidade de casos que poderiam colapsar sistemas de saúde

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Segundo especialistas, a necessidade de reforçar as doses da vacina existe porque a imunidade contra o vírus não dura para sempre. Além do fato de o coronavírus apresentar grande potencial de mutação, muitas vacinas, como a da Covid, precisam ser reaplicadas de tempo em tempo para garantir a proteção necessária

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A variante Ômicron é mais transmissível e consegue “desviar” da imunidade cedida pela vacina. Sendo assim, mesmo que estejamos com todas as doses em dia, a chance de contrair o vírus estando exposto a aglomerações, sem seguir as devidas normas sanitárias, existe

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O atual aumento nos diagnósticos positivos podem ser explicados por aglomerações causadas nas festas de fim de ano, aniversários, feriados prolongados, etc.

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No entanto, é clara a desaceleração das mortes em todo o mundo, o que reforça a importância da vacinação, principalmente em um cenário de circulação da Ômicron

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Santos ensina ainda que, se for preciso priorizar o uso de máscaras para alguns ambientes, é melhor apostar no item de proteção em locais fechados, e nos quais se tem contato com muitas pessoas, além de lugares com aglomeração — o transporte público é um bom exemplo.

PFF2 ou cirúrgica?

A professora conta que, apesar de a situação estar melhor e a transmissão do coronavírus ter baixado, a máscara PFF2 ainda é a mais indicada para evitar a contaminação. Ela explica que a máscara cirúrgica é eficiente para evitar que pessoas contaminadas espalhem o vírus, mas o filtro não é pequeno o suficiente para evitar que o coronavírus entre.

A recomendação é que, além de prezar pela qualidade da máscara, se faça o uso adequado, com cuidado ao colocar e tirar, trocando no tempo oportuno e avaliando o local onde se está.

“Hoje, a máscara é uma proteção individual. Uma maior quantidade de pessoas usando o item facilita a proteção de forma coletiva, o vírus bate na máscara e não consegue entrar nem sair”, diz.

É seguro ficar sem?

A professora da UnB explica que, apesar do momento de calmaria e otimismo em relação à pandemia ainda não é totalmente seguro ficar sem máscara.

“Temos visto alguns picos de ocorrência fora do Brasil, e aqui ainda mantemos uma transmissão pontual, apesar de ter diminuído muito e a gravidade ter caído. É provável que a Covid-19 vire uma doença corriqueira, onde as pessoas acabam se infectando, tendo sintomas leves e se curando. Mas, nesse momento da pandemia que estamos, não me sinto segura de andar sem máscara e essa é a minha recomendação”, afirma Santos.

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