Detergente basta para limpar superfícies contra o coronavírus
O CDC, agência de saúde dos Estados Unidos, afirma que limpeza regular com sabão é suficiente como medida de prevenção à Covid-19
atualizado
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Em nova atualização de diretrizes à população, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, afirmou que a limpeza regular de superfícies com detergente e sabão é suficiente como medida de prevenção ao coronavírus.
De acordo com a agência de saúde norte-americana, a desinfecção rotineira com pulverizadores, fumigantes (produtos usados para o controle de pragas) ou nebulizadores não é necessária. A exceção seriam casos excepcionais como, por exemplo, a presença recente de uma pessoa que estivesse contaminada pela Covid-19 no ambiente.
“A desinfecção só é recomendada em locais fechados, escolas ou casas onde houver casos suspeitos ou confirmados da Covid-19, dentre as últimas 24 horas”, afirmou a diretora-geral do CDC, Rochelle Walensky, em reunião do grupo de resposta à Covid-19 da Casa Branca nesta segunda-feira (5/4).
A nova orientação surge a partir de pesquisas mais recentes sobre a transmissão do Sars-CoV-2. De acordo com os achados, a contaminação por meio de superfícies pode acontecer, mas o risco é bastante baixo. A principal maneira de transmissão da Covid-19 é o contato interpessoal com uma pessoa infectada, onde as gotículas de saliva e os aerossóis são os meios mais comuns de transporte do vírus.
Em fevereiro deste ano, a agência Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês) e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) já tinham emitido um comunicado conjunto neste sentido, afirmando que “os alimentos consumidos e as suas embalagens têm mínima probabilidade de espalhar o Sars-CoV-2. A recomendação autorizou, informalmente, as pessoas a abandonarem um hábito comum no início da pandemia: o de lavar todas as compras que chegavam do supermercado.
Nature
As novas diretrizes do CDC foram anunciadas após um pedido de atualização da revista científica Nature. Desde maio do ano passado, o periódico alertava que o vírus “não se espalhava facilmente” por superfícies e, ainda assim, a administração pública vinha gastando consideráveis somas na desinfecção constante de locais públicos.