Dermatologistas esclarecem fake news sobre filtro solar tóxico
Estudo verificou o aumento da concentração de algumas substâncias no sangue, o que provocou a circulação de boatos sobre riscos de protetores solares. Sociedade Brasileira de Dermatologia emitiu nota explicando
atualizado
Compartilhar notícia
Não, o uso de filtro solar não é tóxico e não tem relação com o desenvolvimento de câncer, afirma a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Depois da veiculação de um estudo americano realizado pelo FDA (Anvisa dos Estados Unidos) que afirma ter verificado um aumento de avobenzona, oxibenzona, ecamsule e octocrileno (ingredientes comuns nos filtro solares) na corrente sanguínea de usuários de protetor em “regime intenso”, começou a circular uma fake news afirmando que o produto era tóxico e poderia causar câncer.
A SBD achou importante emitir uma nota esclarecendo a situação. Segundo o documento, o trabalho se baseou em voluntários que usaram uma quantidade de filtro solar muito superior à indicada. Durante o estudo, os voluntários aplicaram filtro solar em quase a totalidade do corpo, durante quatro dias seguidos, com quatro reaplicações diárias. A recomendação é usar em quantidade moderadas e apenas nas áreas da pele que ficam expostas. A SBD acrescentou que não há pesquisas que comprovem riscos à saúde humana provocados por protetores solares.
“Os autores da pesquisa também salientaram que tais concentrações encontradas no sangue não significam risco direto de câncer em órgãos internos, efeitos hormonais ou mesmo risco para gestação ou lactação”, diz a nota. “O uso regular de filtro solar na pele exposta ao sol é importante no tratamento e prevenção de inúmeras doenças agravadas pela radiação do sol, assim como constitui uma das medidas de prevenção de câncer de pele em pessoas predispostas”, defendeu, por fim, a entidade.