Dermatite atópica: 72% dos pacientes têm saúde emocional comprometida
Pfizer divulgou, nesta terça-feira, levantamento que mostra a associação da dermatite atópica com sintomas depressivos
atualizado
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A dermatite atópica é uma doença crônica e hereditária que causa inflamação da pele e leva ao aparecimento de lesões e coceira. Ela impacta a rotina do paciente em vários fatores, incluindo a vida social, acadêmica, profissional, e a autoestima.
Segundo levantamento realizado pela Pfizer e divulgado nesta terça-feira (12/9), 72% dos jovens e crianças com dermatite têm a saúde emocional comprometida por causa da condição. “É uma doença subestimada que vai muito além das manchas e coceiras. Os impactos psicológicos são tão graves quanto as marcas físicas”, alerta a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.
A pesquisa contou com uma amostra nacional de 856 participantes e constatou que a dermatite atópica foi associada ao comprometimento mental de crianças e adolescentes. O levantamento, feito pela Pfizer em parceria com o instituto Lumni Conhecimento, aponta ainda que:
- 72% dos pacientes adultos sentem que sua aparência física é afetada negativamente pela doença;
- 67% consideram que o estado emocional é abalado;
- 48% dos pacientes adultos concordam, totalmente ou parcialmente, que a doença restringe atividades profissionais que tenham maior interação com o público em geral;
- 69% concordam que a dermatite atópica traz instabilidades emocionais, choro, irritação e sentimentos de depressão ou ansiedade nas crianças e adolescentes que estão sob seus cuidados.
“Muitas vezes, os pacientes acabam optando por atividades profissionais que possam realizar em casa e que permitam alguma flexibilidade em relação a faltas ou afastamentos motivados por períodos de crise, consultas e exames”, acrescenta Adriana.
O fotógrafo Márcio Fernandes Gonçalves, de Campinas (SP), por exemplo, conta que se sentia limitado em diferentes campos da vida por causa da dermatite. “Não gosto de parque aquático. Lá é quase obrigatório mostrar o corpo e as manchas da dermatite me incomodam. As crises da doença, inclusive, já me fizeram perder provas na época de escola”, desabafa o paciente, que foi diagnosticado nos primeiros meses de vida.
Uso prolongado de medicamentos contra a dermatite
Além dos impactos mentais causados pela doença, a diretora médica ressaltou as possíveis consequências da automedicação. Na intenção de cessar as coceiras, muitos pacientes optam por pomadas corticóides, mas o uso prolongado do medicamento pode gerar estrias e piorar a vermelhidão da pele — causando um impacto ainda maior na autoestima.
“Os dados reforçam a importância de informações confiáveis e de qualidade, que ajudem a empoderar os pacientes na tomada de decisões sobre a sua saúde, estimulando o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, para que possam viver com mais qualidade”, reforça Adriana.
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