metropoles.com

Dermatite atópica: saiba como reconhecer e tratar a doença

A dermatite atópica é uma doença de pele crônica. Mesmo não sendo contagiosa, enfermidade é cercada de preconceitos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
Imagem colorida de mulher com dermatite atópica
1 de 1 Imagem colorida de mulher com dermatite atópica - Foto: Getty Images

A dermatite atópica é uma doença crônica de pele bastante comum, principalmente em crianças. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 15% a 25% das crianças e 7% dos adultos sofrem com o quadro, que é caracterizado por lesões avermelhadas, coceiras intensas e pele seca.

A dermatite atinge especialmente as grandes dobras do corpo, como os joelhos, os braços e o pescoço. De acordo com a dermatologista Clessya Rocha, o quadro pode ser desencadeado por substâncias que provocam reações alérgicas, como poeira, pelos de animais e tecidos sintéticos. Também pode ser iniciado por emoções, como o estresse.

As possíveis causas da dermatite atópica ainda não são conhecidas, mas há evidências de que predisposição genética conta para o aparecimento da enfermidade – uma vez que histórico familiar costuma ser relatado pelos pacientes. O problema também é mais comum entre os que sofrem de outros tipos de alergia.

Sintomas

  • Coceira, que piora com a transpiração;
  • Lesões avermelhadas que podem apresentar vesículas e escoriações, que podem funcionar como porta de entrada para bactérias.

Diagnóstico

O diagnóstico leva em conta a coceira, a localização das lesões, o histórico familiar e a associação com outras alergias.

Tratamento

De acordo com a dermatologista Clessya Rocha, existem várias formas de tratar a dermatite atópica. “Pomadas e cremes próprios são muito eficazes no controle da dermatite atópica, além de hidratantes especiais para melhorar a barreira cutânea, e probióticos, que são bactérias vivas benéficas, para modular o sistema imune intestinal”, explica a especialista.

Ainda segundo a médica, nos casos mais graves, os pacientes podem precisar de medicações orais. “Os ferimentos provocados por coçar a pele juntamente com a modificação da barreira cutânea e da flora da pele poderão juntos levar a infecções secundárias bacterianas ou virais, devendo ser tratados pelo médico dermatologista”, aponta.

Outra parte do tratamento para dermatite, muito importante porém desconhecida por muitos, é a mudança de alguns hábitos, como evitar banhos demorados e muito quentes e identificar e evitar alguns alimentos e até vestimentas que possam desencadear a doença.

A médica recomenda que o paciente realize acompanhamento clínico com especialistas para realizar o tratamento da forma correta.

Mitos e preconceito

Três em cada dez brasileiros acreditam que a dermatite atópica é um problema de saúde contagioso, que pode ser transmitido pelo contato direto. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e divulgada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 2021.

Ainda de acordo com o estudo, 47% da população acredita que a dermatite atópica é causada por hábitos inadequados de higiene. Além disso, 46% acham que o paciente não pode ter contato com crianças e 36% pensam que pessoas com a manifestação visível da doença deveriam se isolar em casa.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?