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Dengue: saiba sintomas e sinais de alerta da doença em crianças

Doença viral transmitida por mosquitos teve aumento de 30% neste ano. Especialistas alertam que sinais em crianças podem ser diferentes

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Imagem colorida mostra Mosquito Aedes Aegypti pousado em uma pele branca. O inseto é preto e tem pintas brancas -Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Mosquito Aedes Aegypti pousado em uma pele branca. O inseto é preto e tem pintas brancas -Metrópoles - Foto: Getty Images

A dengue é uma doença com a qual os brasileiros convivem anualmente. Ainda assim, ela ainda pode surpreender, especialmente quando pensamos nas crianças. Os pequenos não estão acostumados com os sintomas desta infecção viral, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e podem confundí-la com uma série de outras doenças.

Segundo especialistas, é preciso ter atenção aos sinais para agir contra a dengue infantil. “Como os sintomas são muito inespecíficos, é fundamental ter atenção aos sinais e procurar um serviço médico, porque a doença pode ser até mais grave em crianças do que em adultos”, afirma Leonardo Weissmann, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, e diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Os cuidados devem ser redobrados este ano já que estamos em uma temporada de aumento de casos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de casos de dengue de 30% neste ano em relação ao ano passado. Foram registrados, entre janeiro e abril de 2023, um total de 899,5 mil casos da doença. No mesmo período do ano passado,   foram computados 690,8 mil casos.

Sintomas

Em crianças, frequentemente a dengue pode não manifestar sinais, podendo passar despercebida. O mais grave, porém, é que ela pode aparecer com intensidade e com sintomas pouco claros. Com isso, a doença pode ser facilmente confundida com outras enfermidades como a Covid e a gripe. Para o infectologista, só avaliando os sinais é difícil estabelecer um diagnóstico concreto, mas é preciso observar como eles interagem e progridem. Os sintomas mais comuns nos pequenos são:

  • Febre;
  • Apatia;
  • Sonolência;
  • Perda do Apetite;
  • Vômitos;
  • Diarreia.

Além disso, para os bebês os sintomas podem ser ainda mais confusos pela dificuldade que eles têm de se comunicar com clareza. “Crianças menores nem sempre podem relatar a dor, mas apresentam choro intenso, fraqueza e irritabilidade que são indícios deste mal-estar”, diz Weismann.

A certeza do diagnóstico só vem com exames laboratoriais. Existem quatro sorotipos de dengue e cada um deles só pode infectar uma pessoa uma vez, já que a imunidade que é desenvolvida contra eles é permanente. O melhor, porém, é evitar este tipo de anticorpo adquirido já que nunca se sabe com que gravidade a doença irá se manifestar no corpo, inclusive de crianças, podendo até ser fatal.

“Casos graves podem ocorrer já na primeira infecção. A partir de uma segunda infecção, porém, o risco vai aumentando e como as contaminações podem ser assintomáticas, nunca se sabe qual será a evolução de um quadro de dengue”, afirma o infectologista.

Prevenção

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Embora vacinas contra a dengue estejam em fases adiantadas de desenvolvimento, no momento a principal medida de prevenção disponível é o combate ao mosquito transmissor da doença. Para isso, valem as regras já conhecidas, especialmente a de evitar acúmulo de água parada que permita a reprodução do Aedes aegypti.

Pensando nas crianças, é preciso ter cuidado ao usar repelente de mosquitos feitos a base de DEET. Em menores de dois anos ele não é recomendado sem orientação médica. Para crianças de até 12 anos, o ideal é usar concentrações de no máximo 10% de DEET e por até três vezes ao dia.

Tratamento

O tratamento da infecção é feito para mitigar os sintomas, já que tampouco há um remédio específico que combata o vírus da dengue. A doença costuma desaparecer depois do décimo dia, mas é importante ficar atendo a pioras para procurar um serviço de saúde. O tratamento é baseado em:

  • Hidratação;
  • Uso de medicamentos para controle dos sintomas como a febre e a dor;
  • Repouso.

“É importante dizar que não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico, o AAS, aspirina e outros anti-inflamatórios devido ao risco aumentado de eles gerarem complicações hemorrágicas que podem até ser fatais”, conclui Weissmann.

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