Alguns remédios, especialmente os anti-inflamatórios como a aspirina, o ibuprofeno e a nimesulida, aumentam o risco de sangramentos. As hemorragias são o principal indicativo de quadros graves da dengue, que aumentam em dezenas de vezes a chance de óbito pela doença.
Alerta contra tratamentos caseiros
O Ministério da Saúde também destaca que não existem remédios caseiros comprovados cientificamente para ajudar no caso de infecção por dengue.
“Não existem soluções mágicas para curar a dengue, mas ainda é comum a ingestão de sucos e chás feitos a partir de frutas ou de plantas como boldo, inhame, cana-de-açúcar e limão como um atenuante contra os sintomas da doença. Contudo, não há evidências científicas que respaldam a eficácia desses métodos.”, afirma o texto.
O risco destes tratamentos é que eles podem atrasar a decisão de buscar atenção médica, o que pode aumentar as chances de um quadro grave.
A única receita apontada pela pasta como parte do tratamento é a de soro caseiro (1 colher de café de sal e 2 colheres de sopa de açúcar para cada litro de água), que ajuda a combater a desidratação provocada pela dengue.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Como tratar a dengue adequadamente?
O tratamento da dengue em casos leves é feito em casa, com constante hidratação e repouso, além de monitoração de eventuais pioras dos sintomas que possam indicar um quadro de dengue grave.
Para tratar os sintomas, existem alguns remédios que são permitidos pelos especialistas, especialmente a dipirona, mas ela deve ser usada na quantidade indicada pelo médico.
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