1 de 1 Mulher de blusa laranja aplica repelente no braço - Metrópoles dengue febre oropouche
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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos atualizou, nesta quarta-feira (21/2), orientações para pessoas que estejam viajando para o Brasil. A recomendação é que os turistas sigam precauções para evitar a dengue e a febre oropouche.
O órgão de saúde colocou o Brasil no nível 1 de riscos para a saúde do viajante. Este é o nível mais brando de restrições, que tem quatro fases, mas atualmente não há nenhum país nos níveis 3 (“reconsidere viagens”) e 4 (“evites todas as viagens”).
A orientação é que os viajantes para o Brasil se protejam evitando picadas de mosquitos devido ao aumento das duas doenças, e que tenham especial cuidado ao se deslocarem para o Amazonas e o Acre, devido à febre oropouche.
O Brasil registrou 688 mil casos de dengue nas primeiras sete semanas de 2024. O número representa aumento de 315% em relação ao mesmo período do ano passado, quando havia 165.839 casos. O nível é preocupante, considerando que no ano de 2023 houve recorde de infecções de dengue no país.
Boom da febre oropouche
Já a febre oropouche superou o total de casos registrados em todo o ano passado apenas nos dois primeiros meses de 2024. No Amazonas, até o último relatório (divulgado antes do Carnaval), havia mais casos suspeitos dessa doença que de dengue: 1.100 frente 1.024.
A febre oropouche causa sintomas muito parecidos com os da dengue e os da chikungunya. Ela também é uma doença transmitida pela picada do mosquito, no caso o agente é o Culicoides paraense, também conhecido como maruim.
Para evitar as picadas de inseto, o CDC recomenda o uso frequente de repelentes (tanto corporais como eletrônicos), além do uso de calças e camisas de mangas compridas sempre que possível. Outras orientações são se manter em ar-condicionado ou protegido por telas.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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