1 de 1 Imagem colorida - combate a dengue no DF - Metrópoles
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A infecção causada pela picada do mosquito Aedes aegypti provoca algumas reações no organismo do paciente — uma delas é a queda de plaquetas. Elas são células responsáveis pela coagulação do sangue, o que as torna importantes para impedir hemorragias, por exemplo.
Segundo a infectologista Joana D’arc Gonçalves, de Brasília, as plaquetas normais de um adulto devem estar entre 130 e 450 mil por milímetro cúbico, e as das crianças, de 140 a 500 mil. Caso o índice fique abaixo de 140 mil, o quadro é identificado como plaquetopenia.
“Se os níveis estiverem muito baixos e houver risco de sangramento, uma transfusão pode ser necessária. Fique atento a sintomas como fraqueza intensa, hematomas, pontos vermelhos na pele, sangramento nas gengivas ou nariz e menstruação abundante. Esses sinais podem indicar plaquetopenia”, destaca Joana. O infectologista Werciley Júnior acrescenta que o paciente pode perceber sangramento ao urinar.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Em casos graves, pode ser necessária uma transfusão de plaquetas — porém, o procedimento é recomendado apenas se houver sangramento e o número de plaquetas estiver em nível crítico, abaixo de 20 mil.
“A dengue reduz as plaquetas porque o sistema imunológico produz anticorpos que se ligam a elas, levando à sua destruição precoce. Elas geralmente voltam ao normal conforme a pessoa se recupera, com hidratação, repouso e alimentação saudável”, afirma Júnior, chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia.
Como aumentar as plaquetas
Ainda não existe um tratamento específico para a dengue e, por isso, a recuperação da infecção é feita a partir de hidratação e repouso. O uso de qualquer medicamento sem prescrição médica deve ser evitado.
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Dengue, zika e chikungunya são doenças cujos nomes são conhecidos no Brasil. Os três vírus transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti, têm maior incidência no país em períodos de chuva e calor, e apresentam sintomas parecidos, apesar de pequenas sutilezas os diferenciarem
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Febre, dor no corpo e manchas vermelhas são sintomas comuns da dengue e das outras as doenças. Apesar disso, a forma distinta como evoluem, a duração dos sintomas e o grau de complicação são algumas das diferenças entre elas
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Estar atento aos sinais e saber identificar as distinções é importante para um diagnóstico e tratamento precisos, pois, apesar do que se pensa, essas doenças são perigosas e podem matar
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Na dengue, os sinais e sintomas duram entre dois e sete dias. As complicações mais frequentes, além das já mencionadas, são dor abdominal, desidratação grave, problemas no fígado e neurológicos, além de dengue hemorrágica
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Além disso, dores atrás dos olhos e sangramentos nas mucosas, como a boca e o nariz, também podem acontecer em pacientes que contraem a dengue
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Os sintomas da zika são iguais aos da dengue, só que a infecção não costuma ser tão severa e passa mais rápido. Há, no entanto, um complicador caso a pessoa infectada esteja grávida
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Nestas situações, a doença pode prejudicar o bebê em formação causando microcefalia, alterações neurológicas e/ou síndrome de Guillain-Barré, no qual o sistema nervoso passa a atacar as células nervosas do próprio organismo
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Já os sintomas da chikungunya duram até 15 dias e, segundo especialistas, provoca mais dores no corpo, entre as três doenças
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Assim como a infecção pela zika, a chikungunya pode resultar em alterações neurológicas e síndrome de Guillain-Barré
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Apesar de não existirem tratamentos para as doenças, há medicamentos que podem aliviar os sintomas, bem como a indicação de repouso total. Além disso, aspirinas não devem ser utilizadas, pois podem piorar o quadro do paciente
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Caso haja suspeita de infecção por qualquer um dos vírus, é importante ir ao hospital para identificar do que se trata e, assim, iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível
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O Aedes aegypti é um mosquito que se aproveita de lixo espalhado e locais mal cuidados e é favorecido pelo calor e pela chuva. Por isso, impedir a presença de água parada em sua casa, rua e empresa é o suficiente para travar a proliferação do inseto
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O perigo da automedicação em pessoas com dengue é que remédios à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno e o naproxeno, diminuem a capacidade de coagulação — o que a doença também faz. Unindo os efeitos, existe uma maior chance de ter dengue hemorrágica.
“A lógica é a mesma para aumentar o número de plaquetas. Ainda não existe um remédio específico ou uma receita caseira para fazê-las voltar ao normal”, aponta o infectologista.
No entanto, Joana afirma que existem alimentos capazes de estimular a produção de plaquetas. Opções ricas em vitaminas como K, B12, ácido fólico e ômega 3 pode ajudar na recuperação. Bons exemplos de comidas cheias destes nutrientes são brócolis, couve, ovos, carnes, laticínios e peixes.
No mês de janeiro, o Distrito Federal registrou quase 30 mil casos prováveis e seis mortes provocadas pela dengue. A Secretaria da Saúde do DF investiga outras 24 óbitos decorrentes da doença.
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