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Danos às fibras nervosas explicam casos de Covid longa, diz estudo

Pesquisa realizada nos Estados Unidos sugere que sintomas derivam de problemas causados pela Covid em estruturas nervosas do corpo

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Fadiga pandêmica
1 de 1 Fadiga pandêmica - Foto: Getty Images

Um estudo estadunidense, publicado nessa terça-feira (1º/3) na revista científica Neurology: Neuroimunology & Neuroinflammation, mostra que mais da metade dos casos de Covid longa podem estar relacionados a uma resposta imune defeituosa do organismo na hora de tentar combater o coronavírus.

A Covid longa é geralmente caracterizada por sintomas como fadiga intensa e inexplicável, falta de ar, dificuldade cognitiva, dores musculares e batimentos cardíacos acelerados. Os sintomas surgem em até três meses após a infecção e persistem.

“Achamos que o que está acontecendo aqui é que os nervos que controlam coisas como nossa respiração, vasos sanguíneos e nossa digestão, em alguns casos, estão danificados nesses pacientes com Covid longa”, explicou a neurologista do Hospital Geral de Massachusetts, Anne Louise Oaklander, principal autora do estudo.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Os pesquisadores analisaram dados de 17 pacientes diagnosticados com Covid-19 entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021 – 16 deles apresentaram apenas quadro leve e um, grave. Todos apresentavam sintomas relativos à Covid longa, sem histórico prévio de neuropatia periférica (danos nos nervos).

Os exames mostraram que 59% dos participantes sofreram neuropatia. A grande maioria apresentou neuropatia de pequenas fibras, que são danos nas fibras nervosas que detectam sensações e regulam funções corporais involuntárias, como o sistema cardiovascular e a respiração.

“Várias evidências sugeriram a desregulação imune desencadeada por infecção como um mecanismo comum”, escreveram os autores do estudo.

Onze dos 17 pacientes foram tratados com imunoterapias de esteroides e/ou imunoglobulinas, tratamento padrão para pacientes com pequenos danos nas fibras nervosas causados ​​por uma resposta imune. Cerca de metade (52%) apresentou melhora, mas nenhum foi completamente curado. (Com informações da agência Reuters)

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