1 de 1 Imagem de mulher com vestido vermelho com as mãos na frente da bexiga - Metrópoles
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O câncer de bexiga é um dos tipos mais agressivos da doença por progredir pelo órgão de forma silenciosa. Muitas vezes, o tumor só é notado quando seu desenvolvimento impede o funcionamento regular da bexiga e de órgãos próximos. O segredo para o diagnóstico rápido, porém, pode estar em observar o estado da urina.
A doença atinge meio milhão de pessoas por ano em todo o mundo. No Brasil, foram 4,5 mil mortes por consequência da condição só em 2020, sendo que os pacientes do sexo masculino representam dois terços dos óbitos.
O câncer de bexiga afeta progressivamente o órgão, geralmente infectando o tecido interno da bexiga. Em casos de infecção prolongada, as células cancerígenas se espalham pelo sistema linfático muitas vezes antes do diagnóstico adequado. A doença, porém, tem 80% de chance de cura quando detectada com antecedência.
Como a bexiga é o órgão responsável por armazenar e filtrar a urina, é no xixi que podem aparecer os primeiros indícios da doença. Confira quatro sintomas associados ao câncer de bexiga que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), podem aparecer primeiro na privada:
1. Sangue na urina: o sinal mais preocupante e que deve levar a pessoa a buscar o médico de forma urgente. Está presente como sintoma em 85% dos casos de câncer de bexiga.
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O câncer de bexiga atinge as células que cobrem o órgão e é classificado de acordo com a partícula que sofreu alteração. O tumor pode atingir três tipos de células: de transição, escamosas e glandulares
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O carcinoma de células de transição representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga. Já o câncer de células escamosas afeta as partículas delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas
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Por fim, o adenocarcinoma se inicia nas células glandulares que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação
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A Sociedade Americana de Câncer estima que a doença representa mais de 90% de todos os tumores uroteliais. A doença é considerada o nono tipo de câncer mais comum no mundo, com aproximadamente 550 mil novos casos ao ano
Davidyson Damasceno/Iges-DF
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, ligado ao Ministério da Saúde, cerca de 10,6 mil casos deste tipo de tumor são diagnosticados por ano no Brasil. Homens brancos e de idade avançada formam o grupo com maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer
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No Brasil, é classificado como um dos tumores mais comuns do sistema urinário, ocupando sexta posição entre os mais incidentes em homens
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Entre 50% e 70% dos casos estão relacionados ao tabagismo. A exposição contínua a alguns compostos químicos como petróleo e tinta também constitui fator de risco para o câncer na bexiga
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Sangue na urina, dor durante o ato de urinar e necessidade frequente de urinar, mas sem conseguir fazê-lo, podem ser sinais de alerta de diferentes doenças do aparelho urinário, inclusive do câncer de bexiga
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O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser feito por exames de urina e de imagem, como tomografia computadorizada e citoscopia. A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor em fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento
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As opções de tratamento vão depender do grau de evolução do câncer. A cirurgia pode ser de três tipos: ressecção transuretral (quando o médico remove o tumor por via uretral), cistotectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga) ou cistotectomia radical (remoção completa da bexiga, com a posterior construção de um novo órgão para armazenar a urina)
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Outra alternativa é a radioterapia, que pode ser adotada nos tumores mais agressivos como técnica para tentar preservar a bexiga. A quimioterapia e a imunoterapia com vacina BCG também podem ser prescritas durante o tratamento
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De acordo com a Sociedade Americana de Câncer (ACS, da sigla em inglês), se o tumor é invasivo, mas ainda não se espalhou para fora da bexiga, a taxa de sobrevida em cinco anos é de 69%
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Caso a doença se estenda da bexiga até o tecido circundante ou se espalhe para os linfonodos ou órgãos próximos, a taxa de sobrevida de cinco anos cai para 35%
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Se o câncer se espalhar para partes distantes do corpo, a taxa de sobrevida em cinco anos é de apenas 5%. Cerca de 4% das pessoas são diagnosticadas nesta última fase
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2. Ardência e dor intensa ao urinar: os especialistas afirmam que a sensação de ardência ao urinar de pacientes com tumor na bexiga chega a ser tão ou mais intensa do que a de pessoas com infecção urinária. Embora seja relatada por quase todos os pacientes vítimas deste tipo de câncer, os sintomas são frequentes também em outras doenças do trato urinário e é necessária a realização de exames de imagem e laboratoriais para fechar o diagnóstico.
3. Necessidade frequente de urinar, sem conseguir fazê-lo: sempre que nossa bexiga está cheia, ela envia mensagens ao cérebro de que deve ser esvaziada. No caso de pessoas com câncer de bexiga, porém, o tumor obstrui a saída do líquido, o que torna a sensação de urgência constante.
4. Vontade repentina e incontrolável de urinar: um outro indicativo da presença de um tumor na bexiga é um desejo súbito de urinar, geralmente causando incontinência, mas com um volume de urina muito pequeno e com forte ardência ao ser liberado.
A melhor forma de evitar o câncer de bexiga, segundo o Inca, é não fumar, já que o cigarro está associado a 70% dos casos da doença.
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