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Crupe: saiba sintomas da infecção provocada pela Ômicron em crianças

A complicação é caracterizada pela inflamação das vias aéreas superiores e atinge principalmente crianças pequenas e bebês

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Crupe
1 de 1 Crupe - Foto: Getty Images

O aumento no número de pessoas diagnosticadas com a variante Ômicron pelo mundo chamou a atenção para o surgimento de uma complicação entre as crianças infectadas pelo vírus: a crupe.

Um levantamento feito pelo Hospital Infantil de Boston publicado na revista Pediatrics mostrou que, desde o início da pandemia até janeiro de 2022, o Hospital Infantil de Boston registrou 75 casos de crianças que chegaram à emergência com crupe e Covid-19.

Crupe é o nome popular de uma condição clínica conhecida como laringotraqueíte, caracterizada pela inflamação da traqueia, da laringe e das cartilagens do local, que atinge principalmente bebês e crianças pequenas. Ela costuma ser causada por vírus, mas também pode ser provocada por infecções bacterianas.

Segundo o estudo do hospital infantil, mais de 80% dos casos de complicações ligadas ao coronavírus em crianças ocorreram durante o período em que a variante Ômicron era a dominante no território.

“Estudos em animais descobriram que a cepa Ômicron tem maior preferência pelas vias aéreas superiores do que as variantes anteriores, que visavam principalmente o trato respiratório inferior. Isso pode explicar o aparecimento súbito da crupe durante o surto dessa variante”, explicou Ryan Brewster, residente do programa de pediatria do Centro Médico de Boston, em nota de divulgação sobre a pesquisa.

Os sintomas iniciais da crupe são parecidos aos de uma gripe ou resfriado. A criança apresenta nariz escorrendo, tosse e febre baixa. À medida que há a progressão da doença, surgem sintomas mais típicos, como:

  • Dificuldade em respirar, principalmente inspirar;
  • Tosse “de cachorro”;
  • Rouquidão;
  • Chiado ao respirar.

Em alguns casos, podem ainda surgir outras complicações, como aumento da frequência cardíaca e respiratória, dores no esterno e diafragma, além de lábios e pontas dos dedos azulados, devido à má oxigenação.

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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
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Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash
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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

Peter Dazeley/ Getty Images
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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles
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Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

Fábio Vieira/Metrópoles
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

Josué Damacena/Fiocruz
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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

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Identificada pela primeira vez na França, a Deltacron combina características das mutações Delta e Ômicron. Segundo a diretora da OMS, Maria Van Kerkhove, ainda não há evidências de que a nova variante seja mais grave do que a Delta ou a Ômicron separadamente. Com dois casos identificados no Brasil, no início de março de 2022, a cepa também já foi encontrada em países da Europa e nos Estados Unidos

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Segundo o relatório de Boston, entre as crianças diagnosticadas com a doença, nenhuma morreu, porém, nove delas precisaram ser hospitalizadas. Outras quatro precisaram de cuidados intensivos e 97% delas tiveram que ser tratadas com medicamentos como o esteróide dexametasona.

“A taxa de hospitalização relativamente alta e o grande número de doses de medicamentos que nossos pacientes necessitaram sugerem que a Covid-19 pode causar crupe mais grave em comparação com outros vírus. Mais pesquisas são necessárias para determinar as melhores opções de tratamento para essas crianças”, detalhou Brewster.

 

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