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Criolipólise: saiba riscos da técnica aplicada em Linda Evangelista

Modelo canadense desabafou e disse estar “brutalmente desfigurada” após procedimento estético que prometia “matar” células de gordura

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Linda Evangelista antes e depois
1 de 1 Linda Evangelista antes e depois - Foto: Reprodução

A modelo canadense Linda Evangelista, de 56 anos, usou as redes sociais na última quinta-feira (23/9) para desabafar sobre um procedimento estético que causou o efeito oposto do esperado.

Ícone em capas de revista e passarelas nos anos 90, Linda disse que o método a deixou “brutalmente desfigurada” e admitiu estar realmente “irreconhecível”.

A modelo se submeteu a uma criolipólise no rosto, também conhecida como CoolSculpting. A técnica consiste no resfriamento controlado de células de gordura, com o objetivo de promover uma espécie de “morte” programada destas estruturas após a aplicação.

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Antes e depois da top model Linda Evangelista

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Liziane Gutierrez

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No caso de Linda Evangelista, aconteceu o oposto. Em vez de diminuírem com o resfriamento, as células de gordura aumentaram, provocando um aspecto inchado no rosto da modelo.

Efeitos indesejados
Os resultados da criolipólise aparecem, em média, cerca de três meses após a primeira sessão. Segundo especialistas, é possível eliminar cerca de 25% das células de gordura da região tratada, que costuma ser em áreas como barriga, costas, braços, pernas ou pescoço.

No caso da modelo, houve uma hiperplasia adiposa paradoxal (HAP). As células de gordura aumentaram, em vez de desaparecerem. De acordo com um estudo feito pela Sociedade de Cirurgia Plástica do Canadá a partir de 8 mil sessões de criolipólise feitas no país, o efeito indesejado foi registrado em 0,39% dos casos.

O cirurgião plástico Gustavo Guimarães, que dirige a clínica Renoir Especialidades Médicas, em Brasília, acredita que o caso de Linda Evangelista foi resultado de erro na utilização do equipamento. O médico acredita que o aparelho usado para o procedimento não foi adequadamente acoplado ao rosto da modelo.

“A placa que adere à estrutura que emite as ondas de frio deve ter sido mal colocada. Se a colocação não é adequada, a pele entra em contato com a placa, o que pode causar ferimentos tanto nas células superficiais da pele como nas células de gordura, e resultar em inchaços e cicatrizes”, explica.

Gustavo ressalta que, antes de realizar qualquer procedimento estético, é necessário procurar referências sobre o profissional que o realizará e sobre os riscos envolvidos no processo.

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