Crianças que jogam videogame são mais inteligentes, sugere estudo
Pesquisa da Universidade de Vermont, nos EUA, analisou a atividade cerebral de 2.078 crianças. As que jogavam tiveram melhor desempenho
atualizado
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Os jogos de videogame dividem a opinião dos pais: muitos acreditam que seus filhos passam tempo demais em frente às telas. Mas um novo estudo feito na Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, sugere que o hábito pode ser benéfico para os pequenos.
Segundo os cientistas, as crianças que jogam em média três horas por dia têm a memória e capacidade de atenção melhoradas em comparação às que não jogam. Os resultados foram publicados nessa segunda-feira (24/10), na revista Jama Network Open.
Foram analisados os hábitos de 2.078 crianças norte-americanas com 9 a 10 anos de idade e seus desempenhos em testes de cognição. Os participantes foram divididos em dois grupos: 800 disseram jogar ao menos três horas de videogame por dia, e os demais nunca jogavam.
Eles tiveram os cérebros escaneados em exames de ressonância magnética funcional (RMF) para medir a atividade cerebral enquanto realizavam testes para avaliação do tempo de reação, resolução de problemas e memória.
As crianças que jogam regularmente tiveram pontuações mais altas nos testes cognitivos, e seus tempos de reação e resposta aos estímulos foram mais curtos. Observou-se também maior atividade cerebral na região pré-cúneo do cérebro, associada à atenção e à memória, e nos giros, relacionados à função motora.
Os pesquisadores ressaltam que o estudo foi observacional, ou seja, não pode provar se a inteligência aprimorada dos participantes é resultado dos jogos de videogames ou de outros fatores. O levantamento também não separou os envolvidos de acordo com a categoria de jogo que mais praticam, como aventura, memória ou estratégia.
“Embora não possamos dizer se jogar videogame regularmente causou desempenho neurocognitivo superior, é uma descoberta encorajadora e devemos continuar a investigar essas crianças à medida que passam para a adolescência e a idade adulta”, disse o psiquiatra e autor do estudo, Bader Chaarani.
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