1 de 1 Criança mascara coronavirus covid
- Foto: Vladimir SmirnovTASS via Getty Images
Um estudo feito por pesquisadores do Instituto da Criança e do Adolescente (ICr) do Hospital das Clínicas de São Paulo mostra que os pacientes da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) podem apresentar alterações no coração seis meses após a alta hospitalar.
A doença, que é relacionada à Covid, se caracteriza por uma inflamação grave no organismo de crianças provocada pela reação do sistema imunológico à doença. Quando ocorre sem sintomas, é mais difícil identificar o problema, o que pode levar os pacientes a um risco aumentado de infarto e insuficiência cardíaca no futuro.
O estudo será publicado na revista científica Microcirculation, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina
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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória
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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar
Divulgação/ Saúde Goiânia
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável
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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças
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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos
Os autores do trabalho avaliaram um grupo de seis crianças internadas entre julho de 2020 e fevereiro de 2021 no Hospital das Clínicas. Apesar de o grupo ser pequeno, os pesquisadores julgaram importante fazer um alerta para que a comunidade médica acompanhe crianças e jovens que tiveram o diagnóstico de Covid depois da recuperação.
Entre os autores do estudo, a cardiologista pediátrica Gabriela Leal explicou que as alterações nos pacientes foram encontradas em um exame de ecocardiograma especial – que mapeia o músculo das crianças e jovens adultos de maneira mais detalhada. De acordo com ela, os pacientes pediátricos que passaram pela infeção devem ser submetidos a um acompanhamento de longo prazo, com exames mais rigorosos.
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