Crianças devem usar máscaras para evitar o coronavírus? Como protegê-las?
Depois que o item passou a ser obrigatório, pais têm dúvidas em relação ao que devem fazer para manter a saúde dos filhos
atualizado
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As máscaras de proteção facial têm sido massivamente recomendadas pelas entidades de saúde e governos para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. No entanto, o item de proteção – seja de tecido ou descartável – não deve ser usado por crianças menores de dois anos pois há risco de sufocamento.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, a Associação Pediátrica do Japão e a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) já emitiram alertas para que os pais não façam os filhos menores usarem máscaras. De acordo com os médicos, os bebês e as crianças de até dois anos podem sofrer um aumento de carga nos pulmões devido à cobertura da boca.
Nessa faixa etária, meninas e meninos não têm a capacidade de remover a proteção com facilidade, o que pode gerar asfixia, especialmente se eles vomitarem com a máscara. O item pode ainda tampar o rosto, dificultando que os pais observem mudanças na expressão ou na cor da face, que indicam dificuldade em respirar.
A pediatra Nathália Sarkis, que atende no Hospital Santa Lúcia, reforça que os pais devem evitar sair de casa com os filhos. “Os responsáveis não devem levar às crianças em locais públicos como supermercados e shoppings. Se a saída for absolutamente indispensável, devem cuidar para higienizar sempre as mãos das crianças com água e sabão ou álcool em gel”, explica.
As crianças maiores devem usar máscaras, mas isso também exige atenção dos pais. “Se as máscaras ficarem úmidas devem ser trocadas imediatamente. Também é preciso vigiar se a criança não está tocando o tecido com a mão suja, o hábito pode propiciar a contaminação“, detalha.
A infectologista Ana Helena Germoglio, do Hospital Brasília, explica que a viseira com película protetora frontal pode ser uma opção para as crianças menores, mas reforça que o mais seguro é ficar em casa. “Neste período, devemos evitar saídas que não sejam necessárias e isso vale tanto para as crianças como para os adultos”, completa.