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Criança asmática de 12 anos fica em coma devido ao uso de vape

Sarah Grinffin ficou três dias em coma após ter desenvolvido uma infecção no pulmão por ter usado cigarros eletrônicos

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Chest Heart & Stroke’s
Imagem colorida de mãe e filha abaraçadas com luz rosa no fundo - MEtrópoles
1 de 1 Imagem colorida de mãe e filha abaraçadas com luz rosa no fundo - MEtrópoles - Foto: Chest Heart & Stroke’s

Uma criança de 12 anos ficou em coma após usar vape, em Belfast, na Irlanda do Norte. Sua mãe, Mary Griffin, desabafou sobre o medo de perder a filha e alertou outros pais sobre os perigos relacionados aos cigarros eletrônicos.

Sarah já sofria de asma e, ao contrair uma infecção respiratória, quase morreu. Ela foi levada às pressas para o pronto-socorro da cidade e, lá os médicos ficaram preocupados com os baixos níveis de oxigênio no corpo dela. A decisão da equipe foi encaminhá-la imediatamente para a terapia intensiva.

O caso da criança foi divulgado, no último domingo (9/10), no Chest Heart & Stroke’s, um site irlandes que oferece informações sobre saúde.

Sarah foi mantida em coma induzido, no hospital Royal Victoria, por três dias enquanto lutava contra a infecção. Segundo Mary, os médicos atribuíram a fraqueza no pulmão da filha ao uso do cigarro eletrônico.

“Os médicos explicaram que, se Sarah não fosse usuária de vape, sua capacidade de combater a infecção teria sido maior”, destacou a mãe para o Chest Heart & Stroke’s. Ela acrescenta que caso tivessem demorado mais para chegar ao hospital, Sarah poderia não ter sobrevivido.

Sintomas

Os primeiros sintomas de Sarah começaram com uma tosse comum, que seus pais inicialmente atribuíram à asma. A mãe tentou controlar a situação fazendo nebulizações na criança, mas a respiração continuou ruim.

Imagem colorida de menina usando nebulização - Metrópoles
Após apresentar tosse, Sarah tentou remediar com nebulização, mas não foi suficiente

“A tosse dela não parecia diferente do normal. Naquela manhã, quando estava levando meus outros dois filhos para a escola, Sarah me ligou para pedir que eu voltasse, pois ela não se sentia bem e estava com medo”, conta a mãe.

Foi quando as duas decidiram ir ao hospital. Os médicos realizaram uma radiografia dos pulmões de Sarah, que evidenciaram graves danos. “Minha filha também estava enfrentando uma infecção, e todos esses fatores tiveram um impacto devastador no corpo dela em um curto período de tempo”, lembra Mary.

Respiração assistida

“Havia tubos, fios e máquinas por toda parte – foi angustiante vê-la assim. Como mãe, me senti completamente impotente. Era um pesadelo que havia se tornado realidade”, desabafa a mãe.

Após três angustiantes dias, os médicos finalmente se sentiram seguros para retirar Sarah do coma induzido.

Segundo Fidelma Carter, chefe de saúde pública do Chest Heart & Stroke da Irlanda do Norte, o maior equívoco sobre os vaporizadores é a crença de que eles são inofensivos em comparação com os cigarros tradicionais.

Imagem colorida de menina entubada no hospital abraçada em bicinho de pelucia - Metrópoles
Os médicos disseram para a mãe que o estado de Sarah era grave devido aos baixos níveis de oxigênio

“Isso não é verdade e é essencial que essa mensagem seja alterada para evitar que os jovens adotem o hábito de vaporizar, achando que não correm riscos”, afirma Fidelma. Ela acrescentou que as implicações de longo prazo para a saúde relacionadas ao uso de cigarros eletrônicos ainda são desconhecidas, assim como eram com o tabaco.

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil
No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários
Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)
Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina
Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena
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Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta

Martina Paraninfi/Getty Images
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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

Leonardo De La Cuesta/Getty Images
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No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários

Dirk Kruse / EyeEm/Getty Images
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Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)

Martina Paraninfi/Getty Images
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Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina

Yana Iskayeva/Getty Images
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Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena

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Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina

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Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões

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O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes

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O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer

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Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer

hocus-focus/Getty Images
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Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo

HEX/Getty Images
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Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo

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As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha

Daniel Cabajewski / EyeEm/Getty Images

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