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Crescem casos de câncer de vagina no mundo. Brasil vê redução de casos

Câncer é raro entre os ginecológicos e está associado à infecção pelos vírus HPV e HIV, além de baixos índices de desenvolvimento social

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1 de 1 Imagem mostra mulher branca com calcinha branca segurando uma lupa na frete da região genital - Metrópoles - Foto: GettyImages

A incidência do câncer de vagina vem crescendo no mundo todo, revela um levantamento global de tendência da doença e fatores associados a ela nos últimos dez anos, publicado em junho no periódico Obstetrics & Gynaecology. O Brasil, no entanto, está na contramão e apresentou uma queda nesse período.

O câncer de vagina é raro e responde por apenas 2% dos tumores ginecológicos. Em 2020, foram diagnosticados cerca de 18 mil novos casos no mundo. Ele é caracterizado por lesões na vagina, o que não inclui a vulva nem o colo do útero. Costuma aparecer após a menopausa, mas estudos mostram um aumento também entre jovens. Com diagnóstico precoce, a taxa de sobrevida em cinco anos pode chegar a 69%. Essa chance cai para 26% se há metástase.

A doença está associada, principalmente, à infecção pelo papilomavírus humano (HPV), mas o levantamento também mostra uma relação com baixos índices de desenvolvimento humano (IDH), sexo desprotegido e infecção pelo HIV — que reduz a imunidade, deixando a pessoa mais vulnerável ao HPV — em indivíduos de 15 a 74 anos.

Esses fatores respondem por uma grande variação regional na incidência global desse câncer: as maiores taxas estão na África e em regiões da Ásia, sendo que nesses locais os índices são quatro vezes mais altos do que no Sudeste Asiático, por exemplo, onde há menos casos. Islândia, Chile, Bahrein e Reino Unido apresentam as maiores tendências de alta. Por outro lado, o Brasil, ao lado de países como Noruega, França e Áustria, teve uma queda. Já Uganda mostrou uma baixa possivelmente associada à redução do HIV, sugerem os autores.

“O artigo reforça pontos e fatores de risco conhecidos, mas que precisam sempre ser destacados para guiar medidas práticas e objetivas na prevenção local e globalmente”, analisa o ginecologista e obstetra Mariano Tamura, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Uma delas é a importância da vacinação contra o HPV que, embora esteja disponível desde 2006, ainda é muitas vezes subutilizada, além de medidas de educação e proteção contra infecções sexualmente transmissíveis, principalmente em áreas de baixo IDH.”

Para fazer o levantamento, os autores usaram o Global Cancer Observatory, que traz registros sobre a incidência de câncer em 185 países, categorizados por faixa etária. Na análise de fatores de risco — como fumo, consumo de álcool, sexo seguro, obesidade e infecção pelo HIV — o estudo se baseou no Global Burden Disease. Todos os dados foram cruzados com números do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e Produto Interno Bruto (PIB) de cada país.

Fonte: Agência Einstein

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