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Covid: veja como estão as pesquisas para vacina de crianças até 5 anos

No Brasil, vacinação contra o coronavírus está sendo feita a partir dos 5 anos. Outros países já começaram a vacinar crianças de 3 anos

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1 de 1 criança sendo vacinada - Foto: istock

Desde 16 de janeiro, a vacina contra a Covid-19 é aplicada, em dose pediátrica, nas crianças entre 5 e 11 anos no Brasil. Porém, para a faixa etária abaixo dessa, que contempla bebês e crianças que ainda não completaram 5 anos, a espera pelas vacinas deve demorar alguns meses.

De acordo com a plataforma Clinicaltrials.gov, que reúne informações sobre todos os estudos clínicos sendo realizados no mundo, há pelo menos 13 pesquisas em andamento que envolvem vacinas para bebês e crianças com mais de 6 meses de idade.

Pelo menos seis países já estão vacinando crianças com menos de 5 anos. Em Cuba, o imunizante Soberana está sendo aplicado em pessoas com mais de 2 anos – o governo local aposta, desde setembro de 2021, na vacinação desse público para reabrir as escolas.

China, Chile, Argentina, Índia e Emirados Árabes Unidos estão usando a Coronavac para as crianças a partir dos 3 anos. Um estudo divulgado pelo Butantan em janeiro mostra que não houve relatos de efeitos adversos graves entre as 4 mil crianças entre 6 e 35 meses de idade que participaram da pesquisa.

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

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A Pfizer, principal fornecedora de vacinas pediátricas contra a Covid-19 até o momento, anunciou, em dezembro de 2021, que duas doses de sua vacina para crianças entre 6 meses e 2 anos produzem resposta imune semelhante à observada em jovens entre 16 e 25 anos.

Porém, na faixa etária entre 2 e 4 anos, a resposta ficou abaixo do esperado – o estudo continua testando uma terceira dose para o público, na esperança de melhorar a eficácia do imunizante. Ainda assim, a Pfizer entrou com pedido de uso emergencial nos Estados Unidos, e aguarda autorização para começar a distribuir as vacinas.

A Moderna, a segunda fabricante com mais vacinas contra a Covid-19 aplicadas na população norte-americana até agora, pretende acabar o ensaio clínico com crianças entre 2 e 5 anos em março e pedir, no mês seguinte, a autorização de aplicação às autoridades regulatórias americanas e canadenses.

Situação no Brasil

No Brasil, a Coronavac foi aprovada pela Anvisa para crianças com mais de 6 anos no final de janeiro. O Instituto Butantan, responsável pela fabricação da vacina em território nacional, deve enviar à Anvisa nas próximas semanas mais dados sobre a faixa etária de 3 a 5 anos para ampliar a quantidade de pessoas a serem imunizadas pela fórmula.

Ainda não houve pedido da Pfizer para menores de 5 anos – as outras autorizações pleiteadas pela farmacêutica foram feitas após a aprovação pelo Centro de Controle e Prevenções de Doenças (CDC), dos Estados Unidos.

Leite materno

Enquanto as vacinas não são aprovadas para crianças, pesquisas científicas já apontaram que lactantes vacinadas passam anticorpos para os filhos via leite materno.

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