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Covid: um em cada 4 pacientes não se recupera 1 ano após internação

Pesquisa feita na Universidade de Leicester, no Reino Unido, avaliou a saúde de 2.320 pessoas que foram hospitalizadas em razão da Covid

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De acordo com cientistas do Centro de Pesquisa Biomédica do Instituto Nacional de Saúde, da Universidade de Leicester, na Inglaterra, um em cada quatro pacientes da Covid-19 que precisaram de hospitalização não se recupera completamente da doença um ano após a infecção.

A pesquisa sobre os impactos da Covid longa na vida dos pacientes foi publicada no sábado (23/04), na revista The Lancet Respiratory Medicine.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Os professores da universidade britânica acompanharam a saúde de 2.320 pessoas que foram internadas com Covid entre 7 de março de 2020 e 18 de abril de 2021.

Os voluntários passaram por duas avaliações de saúde após a alta hospitalar. O levantamento incluía um questionário sobre a própria percepção de recuperação da doença, uma análise do desempenho físico e da função dos órgãos vitais e exames de sangue.

Um ano após a alta hospitalar, a maioria dos pacientes ainda se queixava de fadiga (60,1%), dores musculares (54,6%), perda de mobilidade (52,9%), problemas para dormir (52,3%) e falta de ar (51,4%). Também foram frequentes os relatos de confusão mental (46,7%), dores no corpo (46,6%) e perda de memória (44,6%).

Os participantes foram divididos em quatro grupos de acordo com o quadro avaliado pelos pesquisadores. O primeiro grupo, com 319 pessoas (20%), apresentava deficiência física e mental muito grave; o segundo, com 493 pacientes (11%), tinha deficiência física e mental grave; o terceiro, com 179 pessoas (11%), demonstrou deficiência física moderada com comprometimento cognitivo; e o último, com 645 pacientes (39%), deficiência física e mental leve.

As mulheres, as pessoas obesas em geral e os pacientes que precisaram de ventilação mecânica durante o tratamento foram os que relataram ter a menor sensação de recuperação da doença.

“Nosso estudo relata várias descobertas novas. O sexo feminino e a obesidade foram associados com menor probabilidade de se sentir totalmente recuperado em um ano; vários mediadores inflamatórios foram aumentados em indivíduos com deficiências físicas, mentais e cognitivas mais graves em comparação com indivíduos com deficiências contínuas mais leves”, escreveram os autores do estudo.

Os resultados, de acordo com os pesquisadores, enfatizam a necessidade urgente de serviços de saúde que apoiem os pacientes que sofrem com a Covid longa. “Sem tratamentos eficazes, a Covid longa pode se tornar uma nova condição de saúde de longo prazo com alta prevalência na sociedade”, escreveram.

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