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Covid: UFMG busca voluntários para testar tratamento de anticorpos

Uso de anticorpos para combater o coronavírus é estratégia dos cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais

atualizado

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Krisanapong detraphiphat/GettyImages
Estudo UFMG
1 de 1 Estudo UFMG - Foto: Krisanapong detraphiphat/GettyImages

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) convocam voluntários em Belo Horizonte para um estudo usando anticorpos no tratamento contra a Covid-19.

Além da Faculdade de Medicina da UFMG, a pesquisa envolve centros dos EUA, Argentina, Peru, África do Sul e outras estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. No Brasil, os cientistas buscam 700 participantes no total, sendo que, até o momento, há 450 em acompanhamento.

Por enquanto, a UFMG tem dois voluntários, mas pretende alcançar, no mínimo, 20. A estratégia dos pesquisadores da universidade mineira é utilizar anticorpos monoclonais (mAbs=monoclonal antibodies) no tratamento contra o coronavírus.

Segundo o pesquisador e imunologista Jorge Andrade Pinto, líder da equipe da Faculdade de Medicina da UFMG que conduz o estudo, o primeiro passo é demonstrar que esses anticorpos são seguros e eficazes para o tratamento de pacientes de alto risco, mas que não chegaram a ser hospitalizados.

“É importante dispormos de tratamentos efetivos e cientificamente comprovados que possam ser utilizados nas fases iniciais da Covid-19, prevenindo a progressão da doença para formas graves e a necessidade de tratamento hospitalar”, ressalta o imunologista, em entrevista à universidade divulgada nesta segunda-feira (26/7).

Pesquisa

O tratamento desenvolvido pelos pesquisadores reproduz os anticorpos contra o Sars-CoV-2 presentes em quem já teve a doença. Esses anticorpos são responsáveis por bloquear a entrada do vírus na célula humana, impedindo que ela seja infectada. O método já recebeu aprovação de uso emergencial por agências regulatórias internacionais (como a FDA americana e a EMEA europeia) para uso em pacientes de alto risco na fase inicial da doença e que não foram hospitalizados.

Os pacientes que correm mais risco de agravamento da doença são hipertensons, tabagistas, imunossuprimidos, obesos, entre outros. O objetivo dos pesquisadores é desenvolver um tratamento capaz de prevenir a progressão da Covid-19 para a forma mais grave, sobretudo entre pacientes com comorbidades.

Na primeira fase de testes, os anticorpos serão aplicados em dose única, por infusão venosa (por meio de uma agulha ou de um cateter esterilizado), na unidade de Covid do ambulatório São Vicente, do Hospital das Clínicas da UFMG.

Para participar do estudo, os voluntários devem ter idade acima de 18 anos, apresentarem documentação de infecção pelo Sars-CoV-2 há menos de 10 dias da inscrição, sem indicação de hospitalização e com saturação de oxigênio acima de 92%. Os voluntários passam por alguns exames para checar coração, pulmões e saúde geral, além de um exame de sangue e um teste PCR.

Após a seleção, os participantes serão distribuídos aleatoriamente em dois grupos para receber os anticorpos ou um placebo. Eles serão acompanhados por 72 semanas remotamente, via chamadas telefônicas e entrevistas de vídeo com os cientistas. A pesquisa também conta com três visitas presenciais, que ocorrerão nas semanas 4, 12 e 24 após a infusão.

Em paralelo há um estudo que utiliza o mesmo método do anticorpo mAbs e é desenvolvido pelo centro de pesquisa do Hospital das Clínicas da UFMG. A diferença em relação ao estudo da Faculdade de Medicina da universidade é que os cientistas do HC utilizam outras modalidades terapêuticas, incluindo drogas de administração subcutânea, oral ou por via inalatória, que estão previstas em testes nos próximos meses.

Para participar

Interessados em participar da pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais devem contatar a equipe do estudo através do telefone/whatsapp: (031) 98109-1143 ou pelo e-mail: cov3001.ufmg@gmail.com

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