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Covid: teste pela garganta é mais eficaz do que pelo nariz, diz estudo

Pesquisadores da Dinamarca recomendam que amostras de secreção da garganta sejam incluídas aos testes de Covid para melhorar a sensibilidade

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Morador do Rio de Janeiro faz o teste gratuito para Covid-19 no Ciep do Morro do Borel, na Tijuca
1 de 1 Morador do Rio de Janeiro faz o teste gratuito para Covid-19 no Ciep do Morro do Borel, na Tijuca - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Pesquisadores do Hospital Universitário de Copenhagen, na Dinamarca, descobriram que o teste rápido de antígeno para a Covid-19 feito por um profissional de saúde a partir do esfregaço da garganta é mais eficaz do que pelo nariz. A descoberta foi publicada na revista Jama Network Open nesta quarta-feira (6/12).

O teste rápido de antígeno se popularizou durante a pandemia pela praticidade e agilidade do diagnóstico, podendo ser feito em poucos segundos com a coleta da secreção do nariz ou da garganta.

No novo estudo, os pesquisadores queriam saber se a sensibilidade do teste varia de acordo com o meio de coleta e quem faz o exame (um profissional de saúde ou em casa, com o autoteste).

Para tanto, eles analisaram os testes de 2.941 participantes com idade média de 40 anos. Cerca de 40% deles apresentavam sintomas de Covid-19 e 30,9% foram positivos para a infecção viral.

As amostras de garganta coletadas por profissionais de saúde tiveram sensibilidade média de 69,4%, enquanto a dos testes nasais foi de 60%.

Os pesquisadores descobriram que esse resultado muda quando o exame é feito pelo próprio paciente. As amostras nasais de autoteste foram mais eficazes do que as de garganta, com sensibilidade média de 71,5% e 58%, respectivamente.

“Descobrimos que uma única amostra de garganta coletada por profissionais de saúde tinha maior sensibilidade para testes rápidos de antígeno para o coronavírus do que a nasal. Em contraste, as amostras nasais auto-coletadas apresentaram maior sensibilidade do que as de garganta para participantes sintomáticos”, afirmam os autores da pesquisa.

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Segundo especialistas, para se ter um controle da doença e conter a disseminação do vírus, é importante testar, cada vez mais, a população
Secretaria de Saúde diz que não faltam testes de Covid-19 no DF
<strong>RT PCR</strong>: considerado “padrão-ouro” pela alta sensibilidade, o teste é usado para o diagnóstico da Covid-19. Ele detecta a carga viral até o 12º dia de sintomas do paciente, quando o vírus ainda está ativo no organismo. O resultado é entregue em, aproximadamente, três dias
O teste utiliza a biologia molecular para detectar o vírus Sars-CoV-2 na secreção respiratória, por meio de uma amostra obtida por swab (cotonete)
<strong>Teste salivar por RT-PCR</strong>: utiliza a mesma metodologia do RT-PCR de swab e conta com precisão de mais de 90% para o diagnóstico da doença ativa. O procedimento deve ser feito nos sete primeiros dias da doença em pacientes com sintomas
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Uma das estratégias de enfrentamento da pandemia de Covid-19 é a vigilância epidemiológica, com o registro e a observação sistemática de casos suspeitos ou confirmados da doença, a partir da realização de testes

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Segundo especialistas, para se ter um controle da doença e conter a disseminação do vírus, é importante testar, cada vez mais, a população

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Secretaria de Saúde diz que não faltam testes de Covid-19 no DF

Breno Esaki/Agência Saúde-DF
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RT PCR: considerado “padrão-ouro” pela alta sensibilidade, o teste é usado para o diagnóstico da Covid-19. Ele detecta a carga viral até o 12º dia de sintomas do paciente, quando o vírus ainda está ativo no organismo. O resultado é entregue em, aproximadamente, três dias

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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O teste utiliza a biologia molecular para detectar o vírus Sars-CoV-2 na secreção respiratória, por meio de uma amostra obtida por swab (cotonete)

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Teste salivar por RT-PCR: utiliza a mesma metodologia do RT-PCR de swab e conta com precisão de mais de 90% para o diagnóstico da doença ativa. O procedimento deve ser feito nos sete primeiros dias da doença em pacientes com sintomas

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PCR Lamp ou Teste de antígeno: comumente encontrado em farmácias, o exame avalia a presença do vírus ativo coletando a secreção do nariz por meio de swab. O resultado leva apenas 30 minutos para ficar pronto, por isso, ele é indicado para situações em que o diagnóstico precisa ser rápido

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De acordo com a empresa que fornece o exame, ele possui 80% de confiança. O método empregado no teste é usado também para outras doenças infecciosas, como a H1N1

RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
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Teste de sorologia: revela se o paciente teve contato com o coronavírus no passado. Ele detecta a presença de anticorpos IgM, IGg ou IgA separadamente, criados pelo organismo das pessoas infectadas para combater o Sars-CoV-2, a partir de um exame de coleta de sangue

Shutterstock / SoonThorn Wongsaita
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O exame deve ser realizado a partir do 10º dia de sintomas. A precisão do resultado é menor do que nos testes do tipo RT-PCR. Além disso, falsos negativos podem aparecer com mais frequência

National Cancer Institute/Divulgação
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Teste rápido: o método é semelhante aos testes de controle de diabetes, com um furo no dedo. A amostra de sangue é colocada em um reagente que apresenta o resultado rapidamente

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O teste imunológico rápido detecta a presença de anticorpos e o resultado positivo sinaliza que o paciente já sofreu a infecção pelo novo coronavírus. A confiabilidade do resultado varia muito, já que o método apresenta alta taxa de falso negativo

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Teste de anticorpos totais: detecta a produção do IgM e IgG no organismo, a partir de um único exame de coleta de sangue, e não faz a distinção dos valores presentes de cada anticorpo. A precisão do resultado chega a 95%

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Teste de anticorpo neutralizante: o procedimento é indicado para a avaliação imunológica. O exame detecta os anticorpos e vê a proporção que bloqueia a ligação do vírus com o receptor da células

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Os cientistas sugerem que adicionar uma amostra de garganta à prática padrão de coleta de amostra nasal poderia melhorar a sensibilidade para testes rápidos de antígeno em serviços de saúde e em ambientes domiciliares. “A sensibilidade das amostras autocolhidas pode melhorar com a combinação de amostras nasais e de garganta”, consideram.

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