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Covid: spray nasal pode proteger contra variantes por até 8 horas

Produto ainda não foi testado em humanos, e serve apenas como um tratamento preventivo complementar, ou seja, não substitui a vacina

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spray nasal
1 de 1 spray nasal - Foto: Getty Images

Um spray nasal capaz de proteger contra o novo coronavírus por até 8 horas foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia. A invenção promete ser eficaz – no entanto, os cientistas alertam que ela serve apenas como um tratamento preventivo complementar e não substitui a vacina.

De acordo com a equipe, o spray é feito a partir da molécula TriSb92, desenvolvida pelos próprios pesquisadores. A TriSb92 é capaz de inativar a proteína spike do vírus Sars-CoV-2, oferecendo proteção eficaz em curto prazo. Para o estudo, foram realizados testes em laboratório com animais, e os resultados mostraram que a molécula protege contra a Covid-19.

“A TriSb92 gera proteção por pelo menos 8 horas, mesmo em casos de alto risco de exposição, e é eficaz imediatamente após sua administração”, escreveram os autores do estudo.

Os pesquisadores também afirmam que a TriSb92 neutraliza potentemente as variantes de preocupação do coronavírus, incluindo a Delta e a Ômicron.

“A aplicação intranasal de uma dose modesta de TriSb92 (5 ou 50 microgramas) 8 horas antes da exposição ao Sars-CoV-2 protegeu eficientemente 1.351 camundongos da infecção”, registraram os pesquisadores.

Para os cientistas, a eficácia da molécula contra todas as variantes atuais está relacionada ao direcionamento dela a um local estratégico da proteína spike, comum em todas as cepas. Além disso, acredita-se que futuras variantes ou novos coronavírus também sejam inibidos pela TriSb92.

O estudo ainda não foi revisado por pares e mais pesquisas são necessárias antes que o produto possa ser usado em humanos.

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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
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Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash
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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

Peter Dazeley/ Getty Images
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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles
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Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

Fábio Vieira/Metrópoles
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

Josué Damacena/Fiocruz
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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

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Importância da vacina

É importante enfatizar que o tratamento preventivo não é uma vacina contra a Covid-19, mas um complemento a ela. O professor Kalle Saksela envolvido no estudo, explica que esses tipos de molécula que previnem infecções, ou medicamentos antivirais, não podem substituir os imunizantes na proteção da população contra a doença causada pelo coronavírus.

“O tratamento preventivo pode ser útil para pessoas cuja proteção vacinal é insuficiente. Dependendo da situação da epidemia, também pode beneficiar indivíduos totalmente vacinados quando administrado antes de qualquer situação de alto risco”, afirma Saksela em entrevista ao Gizmodo.

O especialista conclui dizendo que a tecnologia para produzir o spray é barata e altamente fabricável, mas que ele não sabe quanto tempo pode levar até que o produto chegue ao mercado.

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