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Covid: sintoma e disseminação começam 2 dias após infecção, diz estudo

Pesquisadores do Reino Unido afirmam que os sintomas e a disseminação da Covid-19 começam em 42 horas, menos tempo do que apontava a OMS

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Testagem Rodoviária 1
1 de 1 Testagem Rodoviária 1 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Dois anos após o início da pandemia de Covid-19, os sintomas da doença já são bem conhecidos. Uma nova pesquisa, porém, sugere que o coronavírus se instala mais rapidamente no organismo humano. A Organização Mundial de Saúde (OMS), a princípio, acreditava que as primeiras manifestações da doença surgiam a partir do quinto dia da exposição ao vírus.

Entretanto, estudo conduzido por pesquisadores da Imperial College London, no Reino Unido, indica que os sintomas e a disseminação do Sars-CoV-2 começam em apenas 42 horas – menos de dois dias – após o contato com o coronavírus.

Para a pesquisa, a equipe de especialistas infectou propositalmente 36 voluntários com a cepa original do vírus. Os resultados do monitoramento apontam que os efeitos da cepa surgem no segundo dia de contaminação, antes do que se acreditava anteriormente, mesmo com os níveis do vírus ainda baixos.

De acordo com os pesquisadores, a carga viral atinge seu maior pico depois de cinco dias e pode durar até 2 semanas.

“Isso mostra o potencial do vírus para se replicar muito, muito rapidamente. Mesmo que as pessoas não apresentem sintomas, todas geraram quantidades extremamente grandes de vírus, o que realmente explica como a pandemia se espalhou tão depressa”, escreve a equipe do estudo, que foi publicado em formato pré-print na última terça (1º/2), na plataforma Springer Nature.

Nem todos os participantes que tiveram a doença induzida se contaminaram de fato. Os cientistas afirmam que apenas metade dos voluntários contraiu a Covid-9 e que todos tinham menos de 30 anos e não estavam vacinados. Eles foram expostos ao coronavírus com uma quantidade equivalente a menos de uma gota respiratória de paciente no pico da infecção.

Sintomas a observar 

Os principais sintomas relatados pelos pacientes do estudo foram nariz entupido ou escorrendo, espirros e dor de garganta. Alguns do grupo sentiram dores de cabeça, dores musculares/articulares, cansaço e febre.

Isso sugere que, mesmo com a cepa original do coronavírus, em pessoas saudáveis, os sintomas são tipicamente leves e semelhantes ao resfriado. Segundo os especialistas, sinais de infecção, como coriza, podem ser confundidos com outras doenças virais.

A perda de paladar ou olfato não foi relatada pelos participantes monitorados até cerca de uma semana após os sintomas respiratórios. Embora o estudo tenha sido realizado com a primeira cepa, os especialistas acreditam que as descobertas também se aplicariam às variantes Delta e Ômicron.

Dados de pacientes do Reino Unido, armazenados no aplicativo Zoe Covid Symptom Study, mostram que os sintomas predominantes da Ômicron são:

  • Coriza
  • Dor de cabeça
  • Fadiga
  • Dor de garganta
  • Espirros
  • Tosse persistente
  • Voz rouca
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    Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúde
    Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você ama
    <strong>Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca</strong> em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron
    Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar <strong>fadiga</strong> -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condições
    <strong>Dores musculares</strong> por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírus
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    Com cerca de 50 mutações e presente em mais de 140 países, a Ômicron é considerada a variante mais infecciosa e tem sido a responsável pela terceira onda da Covid no mundo

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    Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúde

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    Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você ama

    Pixabay
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    Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron

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    Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar fadiga -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condições

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    Dores musculares por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírus

    Paul Bradbury/Getty Images
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    Perda do apetite pode aparecer. Estudos apontam que este é um sintoma recorrente entre os pacientes infectados pelas variantes Delta e Ômicron

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    Dor abdominal, diarreia, náusea ou vômito são outros sintomas que podem surgir.

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Reinfecções em alta

Relatório do Office for National Statistics revelou que, na segunda ocorrência da Covid, o organismo de pacientes infectados armazena mais vírus do que na primeira contaminação. Apesar de uma carga viral mais alta, as pessoas não são mais propensas a apresentar sintomas e as taxas de mortalidade por Ômicron ainda são muito mais baixas.

As reinfecções agora representam cerca de 10% de todos os casos, com uma média de 8,6 mil por dia na Inglaterra.

Na última segunda-feira (31/1), pela primeira vez, casos de reinfecção foram incluídos na contagem diária de casos de Covid no Reino Unido. Antes, a média móvel incluía apenas pessoas que haviam testado positivo para o vírus pela primeira vez.

A Agência de Saúde e Segurança do país disse à imprensa local que, “à medida que a pandemia continua e mais variantes surgem, é mais provável que as pessoas sejam reinfectadas com o vírus”.

Dos 14,8 milhões de episódios de infecção na Inglaterra desde o início da pandemia, cerca de 588.114 , ou 4%, são prováveis ​​reinfecções. Outros 88.085 casos foram confirmados na quarta (2/2), o que corresponde a uma queda de 14% em relação à quarta-feira passada (27/1).

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