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Saúde estuda limitar vacina da Covid a grupos prioritários em 2024

Ministério da Saúde apresentará proposta que restringe a aplicação da vacina de reforço contra Covid apenas para grupos de maior risco

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Vacina contra Covid-19
1 de 1 Vacina contra Covid-19 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Florianópolis – O Ministério da Saúde estuda concentrar a aplicação das vacinas contra Covid-19 apenas em grupos prioritários – crianças com idades entre 6 meses e 5 anos, idosos, pessoas imunocomprometidas, trabalhadores de saúde, gestantes e puérperas. A imunização do resto da população estaria condicionada às doses que sobrassem após a vacinação dos grupos que correm mais risco de terem consequências graves em razão da infecção provocada pelo coronavírus.

A estratégia de focar em públicos prioritários é usada, atualmente, para a campanha de imunização da gripe. A imunização só é aberta ao restante da população quando sobram doses depois do período reservado aos prioritários. De acordo com o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, a propasta de restringir a vacinação da Covid será discutida com estados e municípios antes de ser adotada.

O representante do Ministério da Saúde explica que o modelo está de acordo com as diretrizes do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (Sage), da Organização Mundial da Saúde (OMS). O grupo reúne especialistas em imunização de todo mundo e orienta as diretrizes repassadas pela agência internacional de promoção à saúde aos países.

O Sage atualizou as recomendações sobre a vacinação contra a Covid-19 em março de 2023, estabelecendo que os grupos de alta prioridade recebam reforços em prazos entre seis meses ou um ano após a última dose aplicada. Já os adultos saudáveis com menos de 60 anos e as crianças e adolescentes não têm necessidade de tomar doses periódicas de reforço se estiverem imunizados contra Covid com a dose primária e o primeiro reforço.

“Embora reforços adicionais sejam seguros para este grupo (adultos saudáveis com menos de 60 anos e as crianças e adolescentes), o Sage não os recomenda rotineiramente, dados os retornos comparativamente baixos para a saúde pública”, afirmaram os consultores.

Mudança de rota

O representante do Ministério da Saúde considera que é necessário revisar a estratégia atual. “Fizemos reuniões técnicas e tiramos diretrizes básicas que o Ministério da Saúde vai seguir em discussões internas. Agora, a decisão final ainda depende de uma discussão com a gestão tripartite”, afirmou Gatti, durante encontro promovido pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) em Florianópolis.

 

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes.  O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A imunização é essencial para garantir a proteção contra quadros graves da doença, que podem levar à hospitalizações e óbitos. A vacina também é importante para controlar a disseminação do vírus.

A repórter viajou para Florianópolis a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

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