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Covid: reinfecções aumentam chances de outros problemas de saúde?

Pesquisa com militares veteranos dos EUA mostrou que novas infecções potencializam o risco de problemas renais, cardíacos e diabetes

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Teste covid idoso
1 de 1 Teste covid idoso - Foto: Getty Images

Você provavelmente conhece alguém que teve Covid-19 mais de uma vez ao longo dos últimos dois anos. Esse fenômeno se tornou mais comum do que se acreditava no início da pandemia. Agora, dados de pesquisas mostram que as reinfecções aumentam o risco de Covid longa e de complicações como o desenvolvimento de diabetes, problemas renais e cardíacos, por exemplo.

O epidemiologista clínico da Universidade de Washington, em St. Louis, Ziyad Al-Aly, trouxe mais informações sobre o assunto em uma pesquisa, publicada em junho em versão de pré-print. O estudo trouxe dados de 5,6 milhões de militares veteranos dos Estados Unidos.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

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O estudo de Al-Aly mostrou que cada nova infecção aumenta o risco de Covid longa, de hospitalização e de mortes por outras causas que não o coronavírus. Pessoas infectadas pela segunda vez corriam um risco 2,5 vezes maior de desenvolver doenças cardíacas ou pulmonares e problemas de coagulação sanguínea. Também observou-se o aumento do risco para problemas cerebrais, diabetes, fadiga crônica e distúrbios mentais.

“O risco aditivo realmente não é trivial, não é insignificante. É realmente substancial”, disse Al-Aly.

A médica infectologista Ana Helena Germoglio explica que qualquer quadro inflamatório infeccioso gera uma resposta imune no corpo, que pode desencadear outros problemas e isso também está sendo observado com a Covid-19.

“A reinfecção pode causar Covid longa ou outros tipos de prejuízo que não somente os respiratórios. Pode levar à alterações de memória, infecção de sistema nervoso, diabetes, problemas renais ou cardíacos”, afirma a infectologista Ana Helena.

Melhor não arriscar

O uso da máscara continua sendo a melhor estratégia para evitar a infecção pelo coronavírus, e a vacinação completa – com as duas doses primárias e os reforços disponíveis –, o jeito mais eficiente de evitar o agravamento da doença.

“Por ser uma doença viral, muito provavelmente as vacinas terão que se modernizar – da mesma forma que fazemos com a vacina da influenza – e a gente terá que se organizar e se comportar de acordo com a circulação do vírus, caso seja muito alta, ou apareça uma variante muito diferente que cause uma resposta diferente”, esclarece a infectologista.

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