Covid: reforço com vacina Pfizer eleva proteção, diz estudo brasileiro
Estudo com 11.427 profissionais de saúde do Albert Einstein mostrou menor recorrência de diagnósticos de Covid após dose de reforço
atualizado
Compartilhar notícia
Um estudo brasileiro feito por pesquisadores do Hospital Albert Einstein mostra novas evidências dos benefícios da vacinação heteróloga contra a Covid-19. Os dados apontam que o reforço com um imunizante à base de RNA mensageiro (mRNA) – como os da Pfizer e da Moderna – consegue ampliar a proteção obtida após duas doses da Coronavac ou AstraZeneca.
A pesquisa foi feita com 11.427 profissionais de saúde do Albert Einstein, entre os meses de janeiro e dezembro de 2021, quando o país vivia alta de casos relacionados à variante Delta do coronavírus. Os resultados da análise foram publicados em fevereiro deste ano, no periódico Clinical Infectious Diseases.
O estudo comparou a eficácia da vacinação em quatro situações diferentes: entre os profissionais que receberam apenas duas doses de Coronavac; duas de Coronavac e um reforço com Pfizer; esquema primário com AstraZeneca e AstraZeneca mais reforço da Pfizer.
Entre os profissionais que receberam apenas as duas doses de Coronavac, 31,5% foram diagnosticados com Covid-19 posteriormente. No grupo que completou o esquema vacinal com um reforço de Pfizer a taxa caiu para 0,9%.
Para os indivíduos vacinados com duas doses de AstraZeneca, a taxa de positividade para a infecção foi de 9,8%, comparada a 1% aqueles que receberam a dose extra de Pfizer.
“O mais interessante desse estudo é que ele comprova que, independentemente da vacina que o funcionário recebeu, o resultado foi similar após o reforço com a vacina de mRNA. O número de indivíduos que tiveram Covid após a terceira dose foi muito baixo”, afirmou o pesquisador Alexandre Marra, principal autor do estudo, ao Metrópoles.
O coordenador da pesquisa, Luiz Vicente Rizzo, destaca que, embora duas doses de Coronavac ou de AstraZeneca previnam contra a Covid, a adição de um reforço com o imunizante Pfizer reduziu ainda mais as chances de infecção.
“O estudo de coorte retrospectivo entre os profissionais de saúde constatou que há uma proteção significativamente maior deste imunizante de reforço. Assim, conseguimos mapear as melhores estratégias para reduzir e administrar o impacto do vírus”, sugere Rizzo.
Importância do reforço
Segundo Alexandre Marra, estudos como o liderado por ele mostram a necessidade de a população se vacinar contra o coronavírus para permanecer com os níveis de proteção altos.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.