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Covid: especialistas alertam para queda da vacinação entre vulneráveis

Médicos alertam para a queda da cobertura vacinal entre grupos que são mais vulneráveis a desfechos graves provocados pela Covid

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Foto mostra as mãos de um profissional da saúde em foco usando luvas e segurando uma seringa e uma ampola de vacina covid; pneumonia - Metrópoles
1 de 1 Foto mostra as mãos de um profissional da saúde em foco usando luvas e segurando uma seringa e uma ampola de vacina covid; pneumonia - Metrópoles - Foto: Getty Images

Pouco mais de um ano após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar o fim da pandemia de Covid-19, médicos ligados à Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) alertam para a queda da cobertura vacinal no Brasil entre os grupos mais vulneráveis a desfechos graves provocados pela Covid.

Entre crianças menores de cinco anos e indivíduos 60+, o percentual de vacinados com imunizantes atualizados não passa de 30%, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Entre as gestantes e os imunocomprometidos, que também têm indicação para reforço, a vacinação também está caindo, garantem os médicos.

Segundo os especialistas, apesar de os indivíduos que pertencem a esses 4 grupos serem mais suscetíveis a hospitalizações e óbitos decorrentes de Covid, ainda existe resistência às vacinas.

“É uma situação preocupante, nem sempre a Covid se apresenta como gripe. Entre os mais vulneráveis, ela pode ser fatal, resultar em mortes que são evitáveis. A vacina torna os desfechos graves de Covid preveníveis”, comentou o pediatra Eduardo Jorge da Fonseca Lima, em palestra realizada durante a 26º Jornada Nacional de Imunizações, em Recife.

O pediatra atribui parte da hesitação dos pais em vacinar os filhos às fakenews espalhadas durante o início da vacinação e às notícias de eventos adversos isolados como miocardites, inflamações no coração. O médico esclarece, entretanto, que vários estudos foram realizados e a literatura médica registrou pouquíssimos casos de miocardites, que não resultaram em mortes e não comprometeram os benefícios da vacina.

O infectologista Argus Leão Araújo destaca que os estudos de “mundo real” comprovaram a eficácia e a segurança das vacinas, mas se preocupa por essas informações que não estarem chegando ao conhecimento dos pacientes.

“Quando as vacinas foram lançadas, houve uma corrida aos postos para receber os imunizantes. Passado um tempo, as pessoas já não estão mais se preocupando ou não estão sendo aconselhadas pelos profissionais de saúde da maneira correta”, comentou o infectologista, também durante a jornada de imunizações.

Segundo Argus, apesar de as pesquisa comprovarem que as defesas produzidas pelas vacinas caem após seis meses em idosos, o número de indivíduos 60+ que está com as vacinas em dia vem caindo. “Parece que o nível de preocupação despencou, mas o grupo 60+ segue como o mais acometido por síndrome respiratório aguda grave em razão da Covid”, apontou.

Quem precisa tomar dose de reforço?

No esquema de vacinação atual do Ministério da Saúde, as crianças até 5 anos devem completar o esquema primário recebendo duas doses de vacinas; as gestantes devem se vacinar para garantir anticorpos para os bebês nos primeiros seis meses; e os imunocomprometidos e indivíduos da população 60+ devem receber reforços da vacina a cada seis meses.

A jornalista Érica Montenegro viajou a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações. A 26ª Jornada de Imunizações foi realizada em em Recife (PE), entre 18 e 21 de setembro.

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