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Covid: Pfizer encerra estudo do Paxlovid para casos com baixo risco

Medicamento antiviral continua a ser indicado para as pessoas com alto risco de desenvolvimento da forma grave da Covid-19

atualizado

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1 de 1 paxlovid - Foto: EUROPA PRESS / C.Lujan.POOL via Getty Images

A Pfizer informou, nessa terça-feira (14/6), que interromperá os estudo sobre o uso do antiviral Paxlovid em pacientes de risco padrão para a Covid-19. Fazem parte do grupo as pessoas sem condições prévias de saúde que aumentam as chances de doença grave e que conseguem se recuperar bem sem o uso de medicamentos.

A decisão foi tomada depois que um estudo revelou que o tratamento – indicado originalmente para pacientes com alto risco de desenvolver Covid-19 grave – não foi eficaz na redução dos sintomas nesse grupo.

Uma análise atualizada com 1.153 pacientes sem fatores de risco para desenvolver quadros graves da doença mostrou uma redução de 51% do risco de agravamento da infecção, uma taxa considerada como “não significativa” pela empresa. Como no caso das vacinas contra a Covid-19, o medicamento só é considerado útil com porcentagens próximas a 100.

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Em casos mais graves, em que o paciente possui dificuldade para respirar ou apresenta dor no peito, é necessário realizar tratamento hospitalar
No Brasil, alguns medicamentos foram autorizados pela Anvisa como tratamento para a Covid-19. Um deles é o baricitinib, fortemente recomendado para pacientes com quadros graves da infecção, pois aumenta a probabilidade de sobrevivência às complicações que o coronavírus pode causar
O medicamento age diminuindo os danos causados pelo coronavírus nas células e diminui inflamações. É fornecido na forma de comprimidos de 2 mg ou 4 mg e deve ser utilizado somente com prescrição médica
O anticorpo monoclonal sotrovimab é outro medicamento autorizado pela agência reguladora como tratamento para a Covid-19. No entanto, ele é indicado apenas para quadros leves da doença e deve ser utilizado quando os primeiros sintomas se manifestarem
Segundo a farmacêutica GSK, o sotrovimabe é eficaz contra mutações do coronavírus, assim como as que caracterizam a variante Ômicron. O remédio é injetável e de uso restrito a hospitais
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Os tratamentos para a Covid-19 podem variar conforme o quadro apresentado. Em casos mais leves, onde há presença de dores musculares, dor na cabeça, perda do paladar ou do olfato, tosse intensa e febre, repouso e o uso de certos medicamentos podem auxiliar no alívio dos sintomas

MSD/Reprodução
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Em casos mais graves, em que o paciente possui dificuldade para respirar ou apresenta dor no peito, é necessário realizar tratamento hospitalar

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No Brasil, alguns medicamentos foram autorizados pela Anvisa como tratamento para a Covid-19. Um deles é o baricitinib, fortemente recomendado para pacientes com quadros graves da infecção, pois aumenta a probabilidade de sobrevivência às complicações que o coronavírus pode causar

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O medicamento age diminuindo os danos causados pelo coronavírus nas células e diminui inflamações. É fornecido na forma de comprimidos de 2 mg ou 4 mg e deve ser utilizado somente com prescrição médica

Aitor Diago/ Getty Images
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O anticorpo monoclonal sotrovimab é outro medicamento autorizado pela agência reguladora como tratamento para a Covid-19. No entanto, ele é indicado apenas para quadros leves da doença e deve ser utilizado quando os primeiros sintomas se manifestarem

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Segundo a farmacêutica GSK, o sotrovimabe é eficaz contra mutações do coronavírus, assim como as que caracterizam a variante Ômicron. O remédio é injetável e de uso restrito a hospitais

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A dexametasona, um corticoide, é outro tratamento autorizado. Segundo estudos, o medicamento é indicado para pacientes com quadros graves. Ele é capaz de reduzir a mortalidade apenas quando o uso de oxigênio é necessário

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Apesar de ser indicado por órgãos de saúde, o corticoide não deve ser utilizado sem orientação médica, pois pode piorar o quadro clínico se usado precocemente

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A Anvisa também concedeu permissão para a utilização do coquetel de anticorpos REGN-COV. O tratamento é indicado para pessoas que estão apresentando os primeiros sintomas da doença e não precisam de internação, mas que possuem risco maior de desenvolver quadros graves

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Para o uso do coquetel, que contém dois anticorpos monoclonais, o casirivimabe e imdevimabe, é necessário prescrição médica. Ele é aplicado via infusão intravenosa e, segundo a fabricante, reduz em até 70% o risco de hospitalização ou morte. Em casos graves, o medicamento não deve ser utilizado, pois pode piorar o quadro

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Assim como os corticoides, os bloqueadores dos receptores de interleucina-6 também são indicados para tratar sintomas graves da Covid-19, pois reduzem a morte pela doença. No entanto, para a utilização do medicamento é necessário prescrição médica, pois o uso indevido pode piorar o quadro do paciente

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Todos os medicamentos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são de uso restrito hospitalar e são tratamentos para pessoas que estão com coronavírus. Até o momento, nenhum remédio se mostrou eficaz para prevenir a infecção pela doença

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Entre os adultos vacinados e com ao menos um fator de risco para progressão da Covid-19 grave, houve a redução de 57% no risco de hospitalização ou morte, também considerada não significativa.

“Devido a uma taxa muito baixa de hospitalização ou morte observada na população de pacientes de risco padrão, a Pfizer decidiu interromper a inscrição no estudo”, informou a empresa em um comunicado.

A farmacêutica afirma que concentrará os esforços na geração de mais dados sobre o uso do antiviral em populações vulneráveis, incluindo a administração do remédio em indivíduos imunocomprometidos por mais dias do que o indicado em bula, além de explorar outras oportunidades de desenvolvimento clínico, como o uso potencial em pacientes já hospitalizados com doença grave.

“Os resultados de nossos estudos de fase 2/3, bem como a experiência pós-autorização, apoiam o perfil de eficácia e segurança do Paxlovid no tratamento de pacientes com Covid-19 leve a moderada com pelo menos um fator de risco para progredir para quadros graves, independentemente do status de vacinação”, disse o presidente e CEO da Pfizer Albert Bourla.

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