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Covid: Moderna vai pedir aval para uso da vacina no Brasil em bebês

Segundo jornal O Globo, farmacêutica iniciou tratativas para aprovar o uso do imunizante, indicado para o público acima dos 6 meses de idade

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Vacina Moderna Covid-19
1 de 1 Vacina Moderna Covid-19 - Foto: Luka Dakskobler/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

O laboratório Zodiac, representante da Moderna no Brasil, pretende solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização de uso definitivo da vacina contra Covid-19 produzida pela farmacêutica norte-americana, de acordo com informações publicadas pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (2/5).

O imunizante desenvolvido pela empresa pode ser administrado em pacientes com idade acima de 6 meses – o que incluiria bebês e crianças abaixo de 5 anos, públicos para os quais ainda não há fórmulas aprovadas.

Até o momento, o Brasil autorizou a aplicação de vacinas fabricadas pelas parceiras Oxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech, Sinovac/Instituto Butantan (Coronavac) e Janssen. Apenas os imunizantes da Pfizer e Coronavac podem ser aplicados em crianças – a primeira fórmula destina-se a meninos e meninas com idade a partir de 5 anos, e a segunda pode ser administrada na população com 6 anos ou mais.

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

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Criança vacinada

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Um estudo divulgado pelo Butantan em janeiro mostra que não houve relatos de efeitos adversos graves entre as 4 mil crianças entre 6 e 35 meses de idade que participaram da pesquisa

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O Instituto Butantan, responsável pela fabricação da vacina Coronavac em território nacional, deve enviar à Anvisa mais dados sobre a faixa etária de 3 a 5 anos para ampliar a quantidade de pessoas a serem imunizadas pela fórmula

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Enquanto as vacinas não são aprovadas para crianças menores, pesquisas científicas já apontaram que lactantes vacinadas passam anticorpos para os filhos via leite materno

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A Zodiac e a Anvisa reuniram-se em 11 de abril, a fim de iniciar as tratativas para aprovação de uso da fórmula. A expectativa é que a farmacêutica formalize o pedido ainda no primeiro semestre deste ano e, em seguida, comece as negociações para a venda das vacinas ao Ministério da Saúde.

O imunizante deve ser aplicado em duas doses, com intervalo de 28 dias. A quantidade presente em cada dose varia de acordo com a faixa etária.

Autorização nos EUA

A vacina da Moderna tem aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência de medicamentos americana equivalente à Anvisa, para uso em adultos com 18 anos ou mais.

A empresa pediu, na última quinta-feira (28/4), a autorização de uso emergencial do fármaco para administração também em crianças menores de 6 anos. Um painel de especialistas da agência norte-americana se reunirá em junho para analisar a solicitação e os dados dos estudos clínicos da vacina.

“O perfil de segurança que vimos nessa vacina para aplicação em crianças muito jovens é muito reconfortante – taxas reais de eventos de segurança ainda mais baixas do que vimos nas crianças de 6 a 12 anos, e isso é ótimo”, disse o diretor médico da Moderna, Paul Burton, em entrevista ao Face the Nation, da CBS, no domingo (1º/5). (Com informações da Agência Reuters)

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