1 de 1 O diretor regional europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, advertiu nesta terça-feira (27/6) para não se "baixar a guarda" no enfrentamento à Covid
- Foto: Reprodução/OMS
O diretor regional europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, advertiu em comunicado nesta terça-feira (27/6) para que a população não “baixe a guarda” no combate à Covid-19. Segundo ele, a doença ainda mata quase mil pessoas por semana na Europa.
“Embora já não seja uma emergência de saúde pública global, a Covid-19 não desapareceu“, disse Kluge. “Continuam a ocorrer quase mil mortes por semana na região e esse número está subestimado devido à diminuição dos países que notificam regularmente as mortes”, afirmou.
Os dados apresentados por ele mostram que 36 milhões de pessoas no continente europeu podem já ter desenvolvido a Covid longa, condição caracteriza pela persistência de sintomas após a infecção. O número equivale a um em cada 30 europeus.
“A menos que desenvolvamos diagnósticos e tratamentos abrangentes para a Covid longa, nunca nos recuperaremos verdadeiramente da pandemia. Estamos incentivando a realização de mais pesquisas e insistindo para aqueles elegíveis para a vacinação contra o coronavírus sejam vacinados”, reforçou o diretor.
Segundo ele, há muitos países da região europeia que ainda não alcançaram a cobertura vacinal de 70% da população, considerado o nível mínimo necessário para a proteção de pessoas vulneráveis.
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada
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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo
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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia
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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa
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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns
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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%
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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade
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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, foram 703 mil mortos ao longo da pandemia. Na última semana, foram confirmados 15 mil novos casos de Covid, sendo que 245 deles levaram os pacientes à morte.
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