Risco de ter Covid longa é menor após infecção por Ômicron, diz estudo
Pesquisa de universidade alemã constatou que o risco de Covid longa é ao menos três vezes menor quando a infecção é pela variante p Ômicro
atualizado
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Um estudo da Universidade de Medicina de Halle, na Alemanha, revelou que o risco de desenvolver sintomas de Covid longa é significativamente menor quando a infecção é causada pela variante Ômicron.
A Covid longa é diagnosticada caso alguns sintomas da doença persistam por mais de quatro semanas após o início da infecção. Entre as sequelas mais comuns da Covid longa estão dificuldades para respirar, dor no peito, dor ao respirar, dor nos músculos, perda de olfato, formigamento nas mãos ou pés, nódulo na garganta, sensação alternada de frio e calor e fraqueza nos braços e pernas.
A pesquisa foi publicada no International Journal of Infectious Diseases em agosto deste ano, e é baseada em informações de 11.000 pessoas, que envolvem o histórico de infecções, o status de vacinação e os sintomas que persisitiram após o fim da doença.
“Nosso estudo mostra que a porcentagem de pessoas que desenvolvem sintomas prolongados de Covid após uma infecção era mais baixa na época em que a Ômicron era predominante”, explicou Sophie Diexer, uma das autoras do estudo, em nota de divulgação.
A pesquisa aponta que o risco de sofrer com sintomas persistentes é cerca de três a quatro vezes menor após uma infecção por Ômicron do que após uma infecção pela variante inicial. “Em termos numéricos, significa que poucas pessoas desenvolveram Covid longa após infecção pela variante”, explica Sophie.
Sintomas de Covid longa
O estudo tomou como base informações recolhidas pelo projeto DigiHero, que abrange as informações de saúde de cerca de 48 mil moradores do país. Os dados foram recolhidos quando a variante Ômicron era predominante na Alemanha e foram comparados com resultados de pesquisas anteriores.
Entre os entrevistados, aproximadamente 11 mil relataram ter tido pelo menos uma infecção por coronavírus no ano anterior à coleta de dados. Entre os entrevistados, 2,8 mil disseram ter sentido ao menos um dos sintomas. Sendo que, 406 relataram ter sentido fadiga severa, 237 disseram ter tido dores de cabeça intensa e 202, falta de ar grave.
Pesquisas de acompanhamento estão sendo realizadas atualmente para explorar a persistência de Covid-19. “Além dos possíveis sintomas de longo prazo após uma infecção por coronavírus, o DigiHero está abordando uma ampla gama de problemas de saúde e outros impactos da pandemia de infecção”, afirmou o professor Rafael Mikolajczyk, um dos autores do estudo.
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