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Covid longa: remédio em teste ajuda pacientes na recuperação da fadiga

Medicamento da empresa Axcella Health foi testado em 41 pacientes com sintomas da Covid longa. Ele se mostrou seguro e bem tolerado

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Mulher cansada em frente ao computador
1 de 1 Mulher cansada em frente ao computador - Foto: Getty Images

A Covid longa é uma condição que afeta mais de cem milhões de pessoas em todo o mundo. Sem um tratamento específico aprovado, esses pacientes permanecem meses após a infecção do coronavírus com sequelas que envolvem a fadiga física e mental, falta de ar, dores musculares e confusão mental.

Um pequeno estudo feito pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, com um medicamento desenvolvido pela empresa Axcella Health, parece estar mais perto de ajudar essas pessoas. Os resultados preliminares foram divulgados nesta terça-feira (2/8).

Os testes clínicos analisaram os dados de 41 pacientes com a condição divididos em dois grupos: 21 deles receberam o medicamento, batizado de AXA1125, e os demais, um placebo durante um período de 28 dias.

Três pessoas do grupo medicado viram os indicadores de fadiga física voltarem à normalidade após os 28 dias de tratamento, de acordo com a empresa. Outros voluntários do grupo que recebeu o AXA1125 também disseram sentir melhoras físicas e mentais significativas, medidas em uma escala desenvolvida para avaliar a fadiga crônica.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

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O AXA1125 foi desenvolvido originalmente para o tratamento da esteatose hepática, o fígado gorduroso. No estudo, os pesquisadores esperavam que ele recuperasse a função das mitocôndrias – responsáveis pela produção de energia das células –, afetada durante a infecção do coronavírus. No entanto, eles ainda não conseguiram alcançar esse objetivo.

O medicamento se mostrou seguro e bem tolerado, com efeitos colaterais mínimos, segundo contou o consultor da Axcella, Jason Maley, à agência Reuters. Maley é responsável por administrar a Beth Israel Deaconess Medical Center, uma clínica voltada para o tratamento da Covid longa em Boston, nos Estados Unidos.

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