metropoles.com

Covid longa pode se desenvolver mais em desempregados, aponta pesquisa

Dados de levantamento britânico mostram que porcentagem de pacientes com a condição cresceu mais no grupo que não estava empregado em junho

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Ada Yokota/Getty Images
ilustração de pessoas com máscara no rosto, coronavírus
1 de 1 ilustração de pessoas com máscara no rosto, coronavírus - Foto: Ada Yokota/Getty Images

Semanas depois da infecção pelo coronavírus, cerca de metade dos pacientes que tiveram Covid-19 continuam sentindo alguns dos sintomas da doença, em um quadro que ficou identificado como Covid longa. Alguns fatores de risco podem explicar por que a condição atinge apenas algumas pessoas. Além de diabéticos do tipo 2, imunossuprimidos e portadores do vírus Epstein-Barr (EBV), desempregados também podem estar na lista dos indivíduos pré-dispostos a ter o problema.

De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) do Reino Unido, no país, a Covid longa é mais recorrente entre quem não está empregado. Os dados mostram que uma em cada 20 pessoas desempregadas desenvolveu a Covid longa. A pesquisa não incluiu aposentados e estudantes. Entre as pessoas que possuem uma ocupação, no entanto, a proporção é de um para cada 30.

As taxas que indicam essa situação dobram no recorte feito com inativos e aposentados em 2021. De junho para julho, as taxas entre desempregados saltaram de 1,9% pra 5%. No grupo dos aposentados, o aumento foi de 1,3% para 2,9%. Já entre as pessoas que estão trabalhando, cresceu de 2% para 3,3%.

A estimativa é que 1,8 milhão de pessoas estejam enfrentando a Covid longa no Reino Unido. O ONS recolheu dados durante as quatro semanas de junho e levou em conta as respostas de 220 mil pessoas.

8 imagens
Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
1 de 8

Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

Freepik
2 de 8

Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

Pixabay
3 de 8

Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

iStock
4 de 8

Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

Getty Images
5 de 8

A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

Freepik
6 de 8

Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

Metrópoles
7 de 8

Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

Getty Images
8 de 8

Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

Getty Images

Números polêmicos

Os números são contestados por outros especialistas. O principal argumento é que sintomas como dores de cabeça e fadiga podem estar ligados a outras situações além da Covid-19. Outra possível explicação é que mais pessoas ficaram desempregadas no período, aumentando a porcentagem em um grupo e diminuindo no outro.

Entre os indivíduos entrevistados que estão lidando com a Covid longa, 70% disseram que a capacidade de realizar atividades diárias foi comprometida. A fadiga é a manifestação mais comum da condição, seguida de falta de ar, perda de olfato e dores pelo corpo.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?