Covid longa: 73% dos pacientes apresentam sintomas após a infecção
Estudo da Universidade Stanford revisou informações de 9,7 mil pacientes sobre a persistência dos sintomas depois da alta hospitalar
atualizado
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A maioria dos pacientes com casos moderados ou graves de Covid-19 tinha pelo menos um sintoma de longo prazo, sugere um novo estudo da Universidade Stanford.
Os pesquisadores revisaram 45 estudos publicados analisando mais de 9,7 mil pacientes com casos moderados ou graves de Covid-19 e descobriram que quase três quartos das pessoas continuaram a sofrer sintomas mesmo após o fim da infecção ou de receberam alta do hospital.
Em alguns casos, os pacientes lidaram com os sintomas por cerca de 60 dias e, em outros, por até seis meses. Esse prosseguimento dos sintomas, que já foi analisada em outros estudos, tem sido chamada de Covid longa ou Covid persistente.
Os resultados mostraram que cerca de 73% dos pacientes relataram experimentar pelo menos um sintoma de longo prazo. Este número foi consistente mesmo nos estudos que acompanharam pacientes até seis meses após a recuperação.
O sintoma mais comum era fadiga ou exaustão, relatado por cerca de 40% dos pacientes com a chamada Covid longa. Outros 36% disseram ter falta de ar e 29,4% relataram distúrbios do sono ou insônia. Cerca de 25% disseram apresentar dificuldades de concentração e 11%, perderam o paladar.
A equipe que conduziu o estudo sugere que os médicos devem continuar fazendo o acompanhamento dos pacientes para que possam “aconselhar e tratá-los melhor” se os sintomas persistirem.