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Covid leve pode afetar memória e atenção por até 9 meses, diz estudo

Problemas cognitivos são relacionados à Covid longa, uma condição que afeta os pacientes recuperados da infecção do coronavírus por meses

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Um estudo feito na Universidade de Oxford, na Inglaterra, mostra que mesmo as pessoas com Covid-19 leve podem ter a memória e a atenção prejudicadas por até nove meses após se recuperarem da infecção pelo coronavírus.

Problemas de cognição são relacionados à Covid longa, condição que afeta até 73% dos pacientes que contraíram o vírus. Ela também pode causar a perda de massa muscular, cansaço físico e emocional, fraqueza muscular, falta de ar e alterações do paladar e olfato por meses após a infecção, segundo estudos anteriores.

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Os sintomas pós-Covid são mais raros em crianças e adolescentes, de acordo com a King's College London, no Reino Unido
As sequelas mais comuns são perda de massa muscular, cansaço físico e emocional, fraqueza muscular, falta de ar, alterações de paladar e olfato e problemas circulatórios
Outros sinais menos frequentes são fibrose pulmonar, arritmias, insuficiência cardíaca e doenças renais
Os sintomas podem durar até um ano após o fim da infecção pelo coronavírus, e são mais comuns em quem teve quadro grave da doença
Os cientistas ainda não sabem por que a Covid longa, ou persistente, acontece. Uma das teorias é que o coronavírus ativa o vírus Epstein-Barr, responsável pela mononucleose ("doença do beijo")
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Cerca de 73% dos pacientes que tiveram Covid-19 apresentam sintomas nos meses seguintes à infecção, segundo a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos

CDC/Unsplash
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Os sintomas pós-Covid são mais raros em crianças e adolescentes, de acordo com a King's College London, no Reino Unido

Arte: Freepik, Marcos Garcia/Metrópoles
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As sequelas mais comuns são perda de massa muscular, cansaço físico e emocional, fraqueza muscular, falta de ar, alterações de paladar e olfato e problemas circulatórios

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outros sinais menos frequentes são fibrose pulmonar, arritmias, insuficiência cardíaca e doenças renais

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Os sintomas podem durar até um ano após o fim da infecção pelo coronavírus, e são mais comuns em quem teve quadro grave da doença

Andre Lucas/Getty Images
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Os cientistas ainda não sabem por que a Covid longa, ou persistente, acontece. Uma das teorias é que o coronavírus ativa o vírus Epstein-Barr, responsável pela mononucleose ("doença do beijo")

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Pessoas que continuem sentindo os sinais da doença meses depois da infecção devem procurar acompanhamento médico o quanto antes para investigar e tratar os sintomas

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O vírus é muito comum, e pode ser reativado em momentos de estresse, desencadeando sintomas semelhantes aos vistos em pacientes com Covid persistente

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Para a pesquisa da instituição britânica, psicólogos do Departamento de Psicologia Experimental de Oxford e do Departamento de Neurociências Clínicas de Nuffield pediram aos voluntários que haviam testado positivo para a doença anteriormente, mas não apresentaram outros sintomas tradicionais da Covid longa, que realizassem exercícios de teste de memória e capacidade cognitiva.

Os participantes foram significativamente piores em recordar experiências pessoais – a memória episódica – até seis meses após a infecção, em comparação com pessoas não infectadas.

Eles também tiveram um declínio maior na capacidade de manter a atenção ao longo do tempo no intervalo de até nove meses após a infecção.

“Nossas descobertas revelam que as pessoas podem experimentar algumas consequências cognitivas crônicas por meses”, disse Sijia Zhao, do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de Oxford. “O que é surpreendente é que, embora nossos sobreviventes da Covid-19 não se sentissem mais sintomáticos no momento do teste, eles mostraram atenção e memória degradadas”, continuou.

A memória episódica e a atenção dos participantes do estudo voltaram ao normal após seis e nove meses, respectivamente, segundo a psicóloga.

Apesar do número limitado de participantes, pesquisadores avaliam que as diferenças observadas entre os grupos com e sem Covid-19 foram impressionantes.

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