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Covid: estudos indicam que antiviral da MSD é eficaz contra a Ômicron

Em comunicado, as empresas MSD e Ridgeback Biotherapeutics afirmaram que seis estudos demonstraram a eficácia do molnupiravir contra Ômicron

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1 de 1 pilulas remedios - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (28/1), as empresas americanas MSD e Ridgeback Biotherapeutics anunciaram que dados de seis pesquisas pré-clínicas demonstraram a eficiência do molnupiravir contra a variante Ômicron do coronavírus. A pílula atua impedindo a replicação viral, sendo destinada ao tratamento imediato da Covid-19 em pessoas expostas ao coronavírus e com risco de complicação.

“As descobertas de vários estudos laboratoriais independentes mostram que o molnupiravir tem atividade antiviral consistente contra a Ômicron, a principal variante circulante globalmente. Elas fornecem confiança adicional no potencial do medicamento como uma importante opção de tratamento para certos adultos com Covid-19 que possuem um alto risco de progredir para doença grave”, disse Dean Y. Li, presidente dos Laboratórios de Pesquisa da MSD, na publicação da empresa.

De maneira independente, as pesquisas laboratoriais foram conduzidas por instituições de seis países, incluindo Alemanha e Estados Unidos. Segundo o documento da empresa, os estudos usaram ensaios baseados em células humanas para avaliar a atividade antiviral de medicamentos antivirais contra variantes de preocupação da Covid-19, incluindo a Ômicron.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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Apesar disso, a MSD ressalta que o molnupiravir ainda não foi estudado contra a Ômicron em pesquisas utilizando pacientes humanos. O medicamento foi autorizado para uso em mais de 10 países, entre eles Reino Unido e Japão.

Os resultados dos estudos clínicos de fase 3 mostram que a eficácia do tratamento foi geralmente consistente em subgrupos de pacientes, incluindo infectados com outras variantes de preocupação do coronavírus, como a Delta.

Segurança do medicamento e reações adversas

Os fabricantes do medicamento apontam que os dados clínicos disponíveis são limitados e ainda é necessário mais análises para entender exatamente os efeitos adversos do molnupiravir. As reações adversas mais comuns que ocorreram em menos de 1% dos indivíduos no grupo de tratamento foram diarreia (2%), náusea (1% ) e tontura (1%).

Entre os indivíduos que participaram do estudo, eventos graves ocorreram em 7% dos que receberam molnupiravir e 10% nos que receberam placebo. Durante a pesquisa, foram registradas duas mortes das pessoas que tomaram o remédio e 12 dos indivíduos do grupo de controle. Os óbitos não tiveram ligação com a utilização do medicamento, mas sim com o desenvolvimento do quadro da Covid-19 e outros problemas.

Molnupiravir não é recomendado para uso durante a gravidez. Segundo os fabricantes, não há dados humanos disponíveis sobre o uso de medicamento em gestantes para avaliar o risco de defeitos congênitos maiores, aborto espontâneo ou desfechos maternos ou fetais adversos.

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