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Estudo diz que 43% das crianças têm sintomas 3 meses depois da Covid

Pesquisa brasileira reforça a importância da vacinação para pessoas de 8 a 18 anos. Dores de cabeça são sinal mais frequente da doença

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Criança máscara coronavíus
1 de 1 Criança máscara coronavíus - Foto: Getty Images

Um estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo mostra que quatro em cada dez crianças e adolescentes entre 8 e 18 anos que teve Covid-19 continua sentindo os efeitos da doença três meses após a infecção.

Os participantes foram acompanhados por uma média de quatro meses após serem diagnosticados com Covid sintomática, e 43% deles apresentaram sinais da chamada Covid longa, ou persistente. Cerca de 19% sofreu de dores de cabeça, 9%, cansaço, 8% dispneia e 4%, dificuldade de concentração. Outros sintomas foram dores musculares e nas articulações e má qualidade do sono.

O estudo foi publicado na revista científica Clinics, e comparou os dados com crianças que não foram infectadas pelo coronavírus.

“Esses sintomas trazem grande impacto na qualidade de vida dessas crianças e prejuízos escolares, já que existe um déficit de concentração”, explica o pediatra Artur Delgado, coordenador da UTI do Instituto da Criança e Adolescente do HC, em entrevista à Folha de S.Paulo.

Os participantes seguem sendo acompanhados a cada seis meses. O médico lembra que a Covid-19 não costuma ser grave em crianças, mas pode se desenvolver e há risco de sequelas. Segundo o pesquisador, o levantamento comprova a importância da vacinação para a faixa etária.

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

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Outros sintomas

De acordo com o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR), há casos de crianças que desenvolvem enxaqueca, diabetes tipo 1, neuropatia periférica e quadros de depressão e ansiedade.

O centro de saúde é o maior hospital pediátrico do país que atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa explica que é essencial que as crianças diagnosticadas com Covid-19 sejam acompanhadas por um período após a infecção para verificar se os sintomas irão desaparecer ou se serão permanentes.

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