Covid: estudo descobre que isolamento de cinco dias não é suficiente
Pesquisa do Imperial College mostra que dois terços dos infectados pelo coronavírus continua transmitindo depois de cinco dias
atualizado
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Uma pesquisa realizada por cientistas do Imperial College London, no Reino Unido, descobriu que dois terços dos infectados ainda transmitem o coronavírus mesmo cinco dias após o primeiro sintoma. O estudo é o primeiro a revelar no mundo real, ou seja, com evidências do dia a dia, por quanto tempo a pessoa transmite a doença depois da infecção pelo coronavírus.
No Brasil, o Ministério da Saúde sugere que o infectado faça isolamento por cinco dias, desde que esteja assintomático. Caso demonstre sintomas moderados, ele deve permanecer isolado por dez dias. Apesar da pandemia estar em baixa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda recomenda o uso de máscara e o distanciamento social.
O estudo, publicado na última quinta-feira (18/8) na revista científica The Lancet, acompanhou 57 pacientes com Covid-19 para monitorar quanto tempo eles permaneciam transmitindo o vírus. Os participantes preencheram questionários sobre os seus sintomas e fizeram testes para averiguar a carga viral a cada dia.
Os cientistas descobriram que apenas um em cada cinco infectados transmitiam o vírus antes de manifestar os sintomas. Entre os voluntários, a última pessoa a deixar de transmitir o coronavírus o fez no sétimo dia desde o início dos sintomas. O principal autor da pesquisa sugere, com a descoberta, que as pessoas infectadas só saiam de casa depois de testarem negativo para o coronavírus.
De acordo com dados do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Brasil contabilizou, no último domingo (21/8), 5.079 novos casos e 47 mortes pela Covid-19, totalizando 34.284.864 infecções confirmadas desde o início da pandemia. No total, o país já perdeu 682.549 vidas para o coronavírus.
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