Covid: com reforço, vacina da Janssen tem eficácia de 94%, diz empresa
Estudo da empresa indicou que taxa de proteção é quase total quando aplicado o reforço. Eficácia apenas com uma dose chega a 70%
atualizado
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Um estudo da Johnson & Johnson, farmacêutica responsável pela vacina da Janssen, realizado entre março e julho deste ano, revelou que a segunda dose do imunizante contra a Covid-19 aumenta para 94% a proteção contra as formas moderadas e graves da doença. A princípio, a vacina é de dose única.
A análise, que foi publicada nesta terça-feira (21/9), registrou que essa eficácia foi observada com o reforço aplicado dois meses depois da primeira dose. Para a administração de uma única dose, a proteção foi de 70%. Segundo comunicado da empresa, a descoberta “gerou evidências de que uma injeção de reforço aumenta ainda mais a proteção contra Covid-19”. A J&J garante que não houve redução da eficácia da fórmula nos meses em que a pesquisa foi feita, que coincidem justamente com o período de impacto da variante Delta.
No documento, a Johnson & Johnson informa ainda que, com a aplicação da segunda dose dois meses depois, o nível de anticorpos no organismo aumenta de quatro a seis vezes. Se a administração for feita seis meses depois, o número quase dobra, chegando a até doze vezes o número de anticorpos inicial.
Os pesquisadores ainda não avaliaram os efeitos colaterais decorrentes da aplicação de mais uma dose — os pacientes só foram acompanhados por 36 dias após a aplicação do reforço, mas a dose extra foi considerada “bem tolerada” pela empresa.
Com as novas informações publicadas, a empresa já solicitou, junto ao FDA, a autorização para aplicar o reforço do imunizante. Segundo a agência Reuters, a farmacêutica deve fazer o mesmo pedido à Organização Mundial de Saúde (OMS).
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