Covid: 4ª dose de vacina recupera proteção gerada no auge da 3ª
Pesquisa israelense sugere que a 4ª dose apenas recupera a resposta imunológica obtida nas doses anteriores
atualizado
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A aplicação de uma quarta dose da vacina contra o coronavírus apenas restaura a proteção conquistada com uma terceira aplicação. Os resultados, divulgados por pesquisadores de Israel, sugerem que existe um teto da resposta imunológica e doses adicionais só recuperarão a proteção perdida ao longo do tempo.
O estudo analisou a aplicação de uma quarta dose das vacinas da Pfizer e da Moderna, produzidas com tecnologia de RNA mensageiro, em 274 profissionais de saúde. O trabalho em pré-print, que ainda não passou pela revisão de pares, foi publicado na plataforma MedRxiv em 15 de fevereiro.
Ambas as marcas da vacina geraram um aumento de quase 10 vezes na produção de anticorpos neutralizantes contra a Covid dentro de duas semanas após a aplicação da quarta dose da vacina. Para a variante Ômicron, a neutralização do vírus cresceu em oito vezes, restaurando a resposta imunológica que foi obtida logo após a terceira dose.
“Globalmente, estes dados levantam a possibilidade de que a quarta dose não aumente a imunidade mas simplesmente a restaura para níveis máximos. Ainda devemos observar se a diminuição desta quarta dose será em um ritmo semelhante ao observado após a terceira dose e se será diferente entre os dois grupos de vacinas do mRNA”, indica o estudo.
Terceira dose da vacina contra a Covid-19
Ômicron
Para entender os níveis de defesa imunológica contra diferentes variantes, os pesquisadores observaram testes clínicos de 25 pessoas. A terceira e quarta dose protegem mais contra a Delta, quando os resultados foram comparados com a Ômicron. Além disso, o reforço vacinal é considerado fundamental para evitar o agravamento dos casos da nova cepa.
Uma quarta aplicação pode ser um diferencial na prevenção de infecções pela Ômicron. Para imunizados com a Pfizer, a quarta dose foi 30% mais protetora contra o contágio. O resultado também foi positivo com a Moderna, tendo uma eficiência de 11%.
As descobertas indicam que o reforço vacinal com duas aplicações pode ser mais eficaz contra casos graves da Covid, incluindo as contaminações pela Ômicron. O estudo considera que uma quarta dose será benéfica para populações de maior risco, como idosos e imunossuprimidos.