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Covid: 1º caso da variante XBB.1.5 no Brasil é identificado em SP

Segundo a OMS, a variante é a mais transmissível do coronavírus identificado até o momento. Paciente tem 54 anos e é de Indaiatuba

atualizado

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A Rede de Saúde Integrada Dasa identificou, nessa quarta-feira (4/1), o primeiro caso da variante XBB.1.5 no Brasil. A capa é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a mais transmissível até o momento, e é a responsável pela nova onda de Covid-19 sendo registrada nos Estados Unidos.

A amostra foi coletada em 9 de novembro de 2022 em Indaiatuba, uma cidade do interior de São Paulo, a 103 km da capital. O laboratório fez um sequenciamento genético para determinar qual era a cepa causadora da infecção na paciente de 54 anos.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo já foi informada sobre a identificação da variante, mas não foi registrado aumento na taxa de resultados positivos para a Covid-19 na última semana.

É possível que a cepa esteja circulando no país despercebida, já que os recessos de fim de ano podem aumentar os casos mas atrasar novos diagnósticos.

Mutações

A XBB.1.5 é uma versão da XBB, variante recombinante da Ômicron que agrega elementos da BA.2.75 e da BJ.1. As cepas recombinantes podem surgir quando uma pessoa é infectada por dois microrganismos diferentes que entram em uma mesma célula. Nessa situação, o material genético deles pode ter os pedaços trocados aleatoriamente.

A biomédica e pesquisadora brasileira Mellanie Fontes-Dutra explica que XBB.1.5 apresenta mutações em uma região importante de ligação do vírus com as células que aumenta seu escape da resposta imunológica das vacinas e da proteção concedida por infecções anteriores.

“Quando falamos de escape de defesas, é preciso lembrar que esse escape é parcial pois, no geral, se está olhando para anticorpos neutralizantes, e as defesas vão além disso”, esclarece Mellanie em um post publicado no Twitter.

Maior transmissibilidade

Estudos preliminares mostram que a nova versão da Ômicron pode ser ainda mais transmissível do que as anteriores, como a BQ.1.1, em alta circulação no Brasil. Ainda não se sabe se a XBB.1.5 pode provocar sintomas diferentes dos observados nas ondas anteriores.

“É a subvariante mais transmissível detectada até o momento devido às mutações encontradas em seu interior, que ajudam a aderir às células e dão vantagem de crescimento”, detalhou a diretora técnica daOMS, Maria Van Kerkhove, em entrevista coletiva nessa quarta-feira (4/1).

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