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Covid-19: veja as vacinas mais avançadas e as que podem chegar primeiro ao Brasil

Três laboratórios anunciaram eficácia de imunizantes na fase 3, mas governo brasileiro não tem acordos fechados com nenhum deles

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1 de 1 imagem de mulher segurando uma vacina - Foto: Sarayut Thaneerat/Getty

Nesta quarta-feira (18/11), as empresas Pfizer/BioNTech anunciaram que a vacina contra Covid-19 que desenvolvem atingiu eficácia de 95% nos resultados da fase 3 – a última antes do registro de um imunizante. As fabricantes também afirmaram que vão pedir o uso emergencial da vacina nos Estados Unidos.

Na segunda-feira (16/11), a farmacêutica Moderna afirmou que sua candidata à vacina contra Covid-19 obteve 94,5% de eficácia na fase 3, o que também a deixou bem posicionada no caminho para o registro da fórmula.

Além dessas duas vacinas, o grupo ligado ao governo russo apontou que o imunizante Sputnik V já alcançou eficácia de 92% em estudos preliminares da fase 3. A etapa 3, quando a candidata à vacina é testada em pessoas que terão contato com o vírus em sua vida cotidiana, é definidora para o processo de registro.

No entanto, apesar de as três notícias serem boas, partiram de anúncios dos desenvolvedores e os ensaios clínicos precisarão passar pelo crivo das agências reguladoras – no caso do Brasil, esse papel cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), antes que as vacinas sejam liberadas para a população.

Acordos fechados para o Brasil

O governo brasileiro ainda não tem acordos específicos fechados com nenhum dos três laboratórios que anunciaram resultados da fase 3. Por enquanto, o Ministério da Saúde estabeleceu parcerias com a iniciativa de Oxford/AstraZeneca e com a Covax Facility, que reúne várias farmacêuticas e é capitaneada pela Organização Mundial da Saúde.

O governo de São Paulo, por sua vez, apostou na Coronavac, imunizante desenvolvido pela chinesa Sinovac. As duas vacinas que estão mais perto dos brasileiros – com distribuição prevista pelo SUS – ainda não apresentaram resultados da fase 3, apesar de estarem sendo administradas em um grande número de pessoas.

A vacina de Oxford – uma das mais promissoras do mundo – pretende entregar essas informações até dezembro na Inglaterra, o que facilitaria também seu registro por aqui. Já a Coronavac, de acordo com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), apresentará resultados até dezembro à Anvisa.

Tanto uma quanto a outra já deram início aos trâmites burocráticos na Anvisa. Na semana passada, um time de técnicos da agência reguladora embarcou para a China a fim de verificar como são as fábricas onde serão produzidos os imunizantes.

“É uma equipe extremamente qualificada e experiente. O objetivo da visita é emitir um certificado de boas práticas de fabricação e verificar se o produto pode ser entregue à população”, explica Ronaldo Gomes, gerente-geral de inspeção da Anvisa.

Segundo ele, o relatório que concede ou não o certificado deve sair apenas no final de dezembro ou início de janeiro. A partir daí, ainda é necessário que a agência avalie os resultados dos estudos clínicos antes de emitir o registro e permitir a comercialização em território nacional.

Nenhuma das outras empresas que estão produzindo vacinas contra a Covid-19 entrou com processo de registro na Anvisa até o momento.

Venda direta

Uma outra hipótese para as vacinas estarem disponíveis seria a comercialização direta, sem a necessidade de compra pelo governo. Nesse caso, as vacinas não seriam distribuídas pelo SUS, mas adquiridas no mercado privado de saúde. No entanto, ainda assim, elas precisam obter a autorização da Anvisa.

Dentro dessa modalidade, é provável que a vacina russa seja a primeira a chegar para os brasileiros. Os russos têm acordo com a União Química, laboratório nacional que garante ter condições de produzir o imunizante para toda a América Latina. O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF)  já sinalizou à Anvisa que iniciará em breve os trâmites para o registro da fórmula no país.

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