Covid-19: pessoas que fazem exercício têm menos chance de serem internadas
Segundo pesquisa da USP, pessoas que são “suficientemente ativas” não sofrem tanto as complicações da doença
atualizado
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Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP) com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), pessoas que fazem exercícios moderados ou de alta intensidade são menos propícias a serem internadas por conta da Covid-19. Participaram do questionário online 938 pessoas com a doença.
Entre os que responderam às perguntas, apenas 9,7% disseram ter sido hospitalizados. Além do estado de saúde, sintomas e tratamento, informações como índice de massa corporal, idade, sexo, doenças pré-existentes, condições socioeconômicas, escolaridade, consumo de tabaco e nível de atividade física foram questionados.
Entre os internados, a maioria era homem, idoso, obeso ou com sobrepeso, menor escolaridade e nível socioeconômico. Os pesquisadores perceberam ainda que pessoas consideradas “suficientemente ativas” têm 34% menos chances de serem hospitalizadas.
Os pacientes “suficientemente ativos”, segundo descrito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), são aqueles que, antes da pandemia, faziam, por semana, o mínimo de 150 minutos de exercício de intensidade moderada ou 75 minutos em alta intensidade.
Porém, entre os pacientes que se encaixam na definição e precisaram ser internados, o nível de atividade física não fez diferença quando considerados intensidade dos sintomas, tempo de internação, intubação ou suplementação de oxigênio.