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Covid-19: pesquisa aponta que pacientes com sangue tipo A correm mais risco

Estudo em versão preliminar indicou aumento de 50% na probabilidade de uma pessoa com este genótipo apresentar um quadro grave da doença

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Geneticistas europeus encontraram uma relação entre as variações genéticas e complicações nos quadros de Covid-19. Um estudo em versão preliminar publicado no dia 2 de junho, no site medRxiv, mostra que o tipo sanguíneo A está associado a um aumento de 50% na probabilidade de um paciente diagnosticado com a doença precisar de oxigênio ou ventilação mecânica.

Os cientistas observaram que variações em dois pontos do genoma humano, incluindo o gene que determina os tipos sanguíneos, estão associadas ao risco de os pacientes desenvolverem insuficiência respiratória.

A equipe de Andre Franke, geneticista molecular da Universidade de Kiel, na Alemanha, desenvolveu o estudo com a colaboração de médicos da Espanha e da Itália, países que foram epicentros da pandemia. Eles escanearam o DNA de 1.610 pacientes que precisaram de oxigenação durante o tratamento usando uma técnica chamada de genotipagem. O procedimento foi feito a partir da extração do DNA de amostras de sangue.

Os pesquisadores sequenciaram 9 milhões de letras genéticas do genoma de cada paciente. Elas foram comparadas às de um grupo controle, com 2.205 doadores de sangue saudáveis. Observou-se a possibilidade de variações genéticas influenciarem na resposta ao coronavírus. Em algumas pessoas, estas variações estão associadas à chamada tempestade de citocinas, uma forte reação do sistema imunológico que provoca inflamação e danos aos pulmões.

Franke integra a Iniciativa Genética Anfitriã da Covid-19, um projeto internacional onde mil pesquisadores em 46 países publicam os dados de coletas das amostras de DNA de pessoas diagnosticadas com a Covid-19.

Resultados semelhantes
Outro estudo preliminar, seguindo a mesma linha, foi realizado na China. Pesquisadores analisaram amostras sanguíneas de 2.173 pacientes e concluíram que as pessoas com sangue do tipo A eram mais suscetíveis ao Sars-CoV-2 e as de tipo O, mais resistentes. (Com informações do New York Times)

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