Covid-19: Pequim limita viagens após “sério risco” de segunda onda
Cidadãos considerados com alto risco e pessoas que entraram em contato com contaminados não podem deixar Pequim e ir para outras cidades
atualizado
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Autoridades de Pequim classificaram nesta terça-feira (16/06) os surtos de coronavírus na cidade como “extremamente severos”, à medida que o número de casos passou a aumentar nos últimos dias na capital da China. Na noite de segunda (15/06), bairros da cidade chinesa foram bloqueados, com pontos de segurança em regiões residenciais. Cidadãos considerados com alto risco e pessoas que entraram em contato com contaminados não podem deixar a cidade e ir para outras partes do país.
“A situação epidêmica na capital é extremamente severa”, afirmou o porta-voz da cidade, Xu Hejian. “Agora precisamos tomar ações estritas para limitar a Covid-19”.
O governo municipal de Pequim anunciou nesta segunda que a cidade está em “estado de guerra” para enfrentar esse novo surto, que deixou pelo menos 106 infectados desde a última quinta-feira (11/06). É o maior surto de coronavírus desde fevereiro, o que acendeu o alerta nas autoridades chinesas. A capital chegou a não reportar casos por 56 dias seguidos, mas agora teme uma segunda onda da doença.
Da noite para o dia, algumas áreas de Pequim receberam cercas, com entradas e saídas restritas e barreiras de segurança que funcionam 24 horas por dia. Serviços de táxi foram suspensos. Além da determinação de fechamento de mais escolas, o governo também proibiu a realização de festas de casamento.
Além de testes e medidas de prevenção e controle, a cidade chinesa intensificou a inspeção dos mercados de produtos frescos como carne suína, bovina, ovina e de aves congeladas. Outros negócios, incluindo supermercados e restaurantes, estão sendo controlados para garantir que não haja produtos contaminados com o patógeno em circulação. (Com agências internacionais).