Covid-19: OMS vai comprar 14 mil tanques de oxigênio para ajudar 120 países
Insumo é necessário para o tratamento, mas está em falta no mercado mundial por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus
atualizado
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Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (24/06), o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, relatou mais um problema no tratamento de pessoas em quadros críticos de coronavírus: a falta de tanques de oxigênio comprimido no mercado.
Com um milhão de novos casos de coronavírus por semana, a entidade calcula que serão necessários 620 mil metros cúbicos de oxigênio para tratar pacientes, o equivalente a 88 mil cilindros grandes, por dia.
“Porém, muitos países estão tendo dificuldade com a compra destes cilindros. Cerca de 80% do mercado é controlado por poucas empresas e a demanda está maior do que o estoque”, afirma Ghebreyesus.
Para ajudar a resolver o problema, a OMS comprou 14 mil tanques de oxigênio, que serão distribuídos para 120 países. Nos próximos seis meses, a entidade estuda adquirir mais 170 mil unidades, com um valor estimado de 100 mil dólares.
“Outro problema é que muitos pacientes em quadro crítico precisam de um fluxo maior de oxigênio do que o produzido comercialmente. Para resolver esse problema, a OMS está ajudando vários países a comprar o equipamento para gerar seus próprios tanques de oxigênio concentrado”, afirma o diretor-geral.