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Covid-19: Fiocruz planeja registrar vacina de Oxford no Brasil em fevereiro

Responsável pelo laboratório que produzirá a fórmula inglesa contra a Covid-19 no país afirma que vacinação deve começar em março

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1 de 1 Vacinação (1) - Foto: istock

A vice-diretora de qualidade do Laboratório Bio-Manguinhos, Rosana Cuber, afirmou em live com jornalistas, nesta quarta-feira (04/11), que o Brasil será capaz de produzir 15 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford por mês quando a transferência tecnológica acordada pelo país com a AstraZeneca for iniciada. Ligada a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a unidade será responsável por produzir a vacina inglesa contra a Covid-19 no país.

Em um primeiro momento, entretanto, Bio-Manguinhos fará apenas o fracionamento, envase e rotulagem da vacina a partir da fórmula enviada pela AstraZeneca. Em seguida, a partir dos insumos importados, a unidade será capaz de produzir totalmente a vacina. De acordo com os técnicos da Fiocruz, essa nova fase acontecerá no segundo semestre de 2021.

De acordo com Rosana, a vacina de Oxford/AstraZeneca foi escolhida pela Fiocruz e pelo Ministério da Saúde por ser uma das mais adiantadas do mundo. “É uma imunização que iniciou ensaios clínicos cerca de 100 dias depois do início da pandemia e hoje está sendo testada em cerca de 50 mil pessoas”, comentou.

A equipe técnica da Fiocruz explicou que a rapidez no desenvolvimento da fórmula da Oxford/AstraZeneca só foi possível porque a plataforma da vacina, que é baseada em adenovírus vivo, já vinha sendo trabalhada antes da pandemia provocada pelo Sars-CoV-2. “Tivemos epidemias anteriores, três delas de coronavírus, por isso os estudos estavam avançados”, comentou Marco Krieger, vice-Presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz.

De acordo com o calendário apresentado por Rosana, a Fiocruz espera enviar até o fim de janeiro toda a documentação necessária para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária faça o registro da vacina contra Covid-19 da Oxford/AstraZeneca.

Ainda, segundo ela, a Anvisa já teria se comprometido a fazer a análise da maneira mais rápida possível para que o registro do imunizante acontecesse até o fim de fevereiro. “Acreditamos que em março esta vacina estará disponível no Programa Nacional de Imunização”, completou Rosana.

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