Covid-19: Fiocruz desenvolve aparelho de tratamento de ar para UTIs
O sistema emergencial visa uma solução de baixo custo para reduzir os riscos de infecção em ambiente hospitalar em tempos de pandemia
atualizado
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu em apenas 10 dias um aparelho que pretende melhorar a qualidade do ar em unidades de terapia intensiva (UTI) do Brasil. O sistema emergencial visa uma solução de baixo custo para reduzir os riscos de infecção em ambiente hospitalar em tempos de pandemia da Covid-19. As informações são da Agência Brasil.
O engenheiro mecânico Bruno Perazzo Pedroso Barbosa liderou o projeto. Ele explica que a ideia surgiu devido à crise sanitária causada pelo novo coronavírus.
“Quisemos dar uma resposta rápida e simples para uma questão difícil. Os aparelhos foram concebidos para uma vida útil de até quatro meses e são rápida e facilmente instalados e operados. É uma solução de emergência, não é evidentemente definitiva ou de longa duração, mas que resolve um problema imediato em muitos municípios menos favorecidos”, explica Perazzo.
O aparelho está de acordo com as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ele segue os padrões de qualidade e quantidade de ar necessários para tratar o ar de cada leito de UTI ou para cada 15 metros quadrados de CTI.
“São mais de 60 dias em que continua funcionando. A vazão de ar filtrado caiu cerca de 13%, o que não é muito e está dentro da margem de segurança projetada, significando que o aparelho permanece atendendo ao que foi proposto”, informa o engenheiro mecânico.
Parceria
O próximo passo da Fiocruz é encontrar parceiros que viabilizem a produção do aparelho em grande escala. A partir daí, que ele possa servir ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a coordenadora de Gestão Tecnológica da fundação, Carla Maia Einsiedler, 10 empresas manifestam interesse. “Essa invenção tem tudo a ver com o cenário da Covid-19”, afirma Carla.
(Com informações da Agência Brasil)